O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho ‘03’ do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), usou as redes sociais para defender o ex-deputado Roberto Jefferson, presidente do PTB,
preso pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (13/8).
A prisão foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Foram cumpridos também mandados de busca e apreensão de computadores e celulares para aprofundar as investigações.
De acordo com o despacho do magistrado, Jefferson faz parte de uma milícia digital especializada em atacar o Supremo, seus ministros e demais instituições. As diligências fazem parte de um novo inquérito aberto pelo ministro. No YouTube e nas redes sociais, o ex-deputado aparece empunhando armas e ameaçando os ministros, assim como pregando o fechamento do Supremo.
“O que são atos antidemocráticos? Milícia digital? Fake news? A democracia, essa balela de Estado democrático de direito, já não está sob ameaça, está sob ataque intenso mesmo. O Senado tem que enxergar quem joga fora das 4 linhas da Constituição”, escreveu Eduardo nas redes sociais ao compartilhar a noticia da prisão.
O que são atos antidemocráticos? milícia digital? Fake news?
%u2014 Eduardo Bolsonaro%uD83C%uDDE7%uD83C%uDDF7 (@BolsonaroSP) August 13, 2021
A democracia, essa balela de Estado democrático de direito, já não estão sob ameaça, estão sob ataque intenso mesmo
O Senado tem que enxergar quem joga fora das 4 linhas da constituição#LiberdadeParaRobertoJefferson pic.twitter.com/rN3KkgN73D
Em seguida, o deputado federal publicou uma capa da revista Veja, onde Alexandre de Moraes é chamado de “muralha”.
“Quem?
-Prendeu jornalista, manifestantes, deputado e presidente de partido?
-Abriu inquérito usurpando o MP?
-Acusa, ordena mandados e julga?
-Manda rede social censurar Fulanos e Ciclanos?
Isto a Veja chama democracia. Se você se calar,o que ficará como verdade é isto da imagem”, postou.
Alexandre de Moraes é o relator do inquérito das fake news no STF. O inquérito foi aberto em março de 2019, por decisão do então presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, para investigar notícias fraudulentas, ofensas e ameaças a ministros do Supremo.
Moraes também incluiu o presidente Jair Bolsonaro como investigado.