Depois que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou, neste sábado (14/8), que pedirá abertura de processo por crime de responsabilidade contra os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), políticos governistas usaram as redes sociais para defender a atitude do chefe do Executivo federal.
“Aí sim, presidente! Não é possível que senadores assistam e aceitem passivamente todos esses atos inconstitucionais e ataques às instituições e não façam nada. Parabéns por sua postura!”, escreveu o deputado Carlos Jordy (PSL-RJ).
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) também usou as redes sociais para defender o pai. No post, o parlamentar incluiu um trecho do artigo 52 da Constituição, para destacar que cabe ao Senado “processar e julgar os ministros do Supremo Tribunal Federal”.
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Entenda
Mais cedo, Bolsonaro afirmou que vai levar ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), um pedido para instaurar processo contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. Segundo o chefe do executivo, os dois “extrapolam com atos os limites constitucionais”.
Moraes mandou prender nessa sexta-feira (13/8) o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, aliado político do presidente. O ministro determinou a prisão preventiva do parlamentar por ataques à instituições democráticas.
Além disso, Bolsonaro também vem atacando Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Nos últimos meses, o presidente vem falando a apoiadores, mais uma vez sem provas, que ganhou as eleições em primeiro turno. De acordo com ele, o pleito de 2018 foi fraudado para que Fernando Haddad (PT) tivesse a oportunidade de enfrentá-lo em segundo turno.
Bolsonaro foi eleito, no turno complementar, o 38º presidente da República com 57.797.847 votos (55,13% dos votos válidos), contra 47.040.906 votos (44,87%) de Haddad.