O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho ‘03’ do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), atacou os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), nas redes sociais, neste sábado (14/8). Declarações foram feitas após o anúncio do chefe do Executivo federal de que pedirá abertura de processo por crime de responsabilidade contra os ministros.
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De acordo com o parlamentar, “todas as arbitrariedades” que os ministros fazem “era o que diziam que Bolsonaro faria caso fosse eleito em 2018”.
Ainda segundo o filho do presidente, agora, os senadores poderão ter a oportunidade de pôr fim a “prisões arbitrárias, bem como acabar com um período de censura”.
“Só numa ditadura jornalistas e políticos são presos e pessoas censuradas em sua liberdade de expressão, por supostos crimes que sequer têm definição em lei”, escreveu.
Para 03, a ação do pai tem "bases contínuas”. No post, o parlamentar incluiu um trecho do artigo 52 da Constituição, para destacar que cabe ao Senado “processar e julgar os ministros do Supremo Tribunal Federal”.
Entenda
Mais cedo, Bolsonaro afirmou que vai levar ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), um pedido para instaurar processo contra os ministros do STF Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. Segundo o chefe do executivo, os dois “extrapolam com atos os limites constitucionais”.
Moraes mandou prender nessa sexta-feira (13/8) o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, aliado político do presidente. O ministro determinou a prisão preventiva do parlamentar por ataques à instituições democráticas.
Além disso, Bolsonaro também vem atacando Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Nos últimos meses, o presidente vem falando a apoiadores, mais uma vez sem provas, que ganhou as eleições em primeiro turno. De acordo com ele, o pleito de 2018 foi fraudado para que Fernando Haddad (PT) tivesse a oportunidade de enfrentá-lo em segundo turno.
Bolsonaro foi eleito, no segundo turno, o 38º presidente da República com 57.797.847 votos (55,13% dos votos válidos), contra 47.040.906 votos (44,87%) de Haddad.