Os advogados do ex-deputado e presidente do PTB, Roberto Jefferson, disseram neste sábado, 14, que vão aguardar a decisão sobre o pedido de prisão domiciliar feito na audiência de custódia realizada nesta manhã de sábado, 14, para entrar com recurso contra a prisão preventiva determinada ontem, 13, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre Moraes. O recurso será impetrado no plenário do STF e depois a estratégia é um pedido de habeas corpus.
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De acordo com os advogados, Jefferson tem a saúde muito abalada após ter tido câncer por quatro vezes e tem uma sonda que liga a boca ao seu ânus e toma 20 remédios para sobreviver.
Segundo o advogado Luiz Gustavo Pereira, a decisão de Moraes foi arbitrária e fundamentada na Lei de Segurança Nacional, que, segundo ele, não existe mais. Apesar da LSN ter sido revogada esta semana, ainda não foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro.
"Há flagrante suspeição no caso, qualquer estagiário de Direito sabe que é uma flagrante suspeição", disse Pereira em coletiva para jornalistas em um hotel no Rio de Janeiro.
O advogado informou ainda, que na próxima semana vão entrar com pedido de impeachment de Moraes, a exemplo do que ameaçou presidente Bolsonaro neste sábado. Segundo Pereira, Jefferson soube da mensagem enviada por Bolsonaro e "fico muito feliz".