O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID, senador Renan Calheiros (MDB-AL), compartilhou fotos de duas mulheres sendo vacinadas. Ambas levaram cartazes lamentando as mortes de familiares pela COVID-19. “Essas imagens se eternizam e entristecem. Servem para mostrar porque a CPI existe e por quem estamos trabalhando”, escreveu.
Na primeira foto, uma mulher carrega um cartaz falando sobre a mãe. “Assim que foi divulgado o resultado das eleições 2018, minha mãe, com olhar triste, disse: ‘Esse homem ainda vai matar muita gente’”, dizia o alerta. “Minha mãe estava certa, só não imaginava que ela seria uma das vítimas”, pontuava.
Na outra imagem, outra mulher segura uma cartolina falando que a vacinação não chegou a tempo para dois irmãos e para a mãe.
“Enquanto isso, Bolsonaro ameaça a democracia, ministros do STF, instituições e testa o golpe. Chega”, escreveu o parlamentar.
Essas imagens se eternizam e entristecem. Servem para mostrar porque a CPI existe e por quem estamos trabalhando.
%u2014 Renan Calheiros (@renancalheiros) August 16, 2021
Enquanto isso, Bolsonaro ameaça a democracia, ministros do STF, instituições e testa o golpe. Chega.#CPIdaCovid #CPIdaPandemia pic.twitter.com/fQbQfZoNdp
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) negou ofertas de vacinas e apoiou o uso de remédios sem eficácia contra a COVID-19. Em diversas oportunidades, ele não utilizou equipamentos de proteção e incentivou aglomerações.
No sábado (14/8), Bolsonaro anunciou que vai levar ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), um pedido para instaurar processo contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. Segundo o chefe do Executivo, os dois “extrapolam com atos os limites constitucionais”.
Moraes mandou prender nessa sexta-feira (13/8) o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, aliado político do presidente. O ministro determinou a prisão preventiva do parlamentar por ataques a instituições democráticas.
Além disso, Bolsonaro também vem atacando Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Nos últimos meses, o presidente vem falando a apoiadores, mais uma vez sem provas, que ganhou as eleições em primeiro turno. De acordo com ele, o pleito de 2018 foi fraudado para que Fernando Haddad (PT) tivesse a oportunidade de enfrentá-lo em segundo turno.
Bolsonaro foi eleito, no turno complementar, o 38º presidente da República com 57.797.847 votos (55,13% dos votos válidos), contra 47.040.906 votos (44,87%) de Haddad.