Sem dar pistas sobre o futuro na vida pública, o vice-governador de Minas Gerais, Paulo Brant, assinou nesta segunda-feira (16/8) a ficha de filiação ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Ele volta aos quadros tucanos após seis anos. Brant estava sem legenda desde março do ano passado, quando deixou o Novo. Apesar da saída, ele garante que a relação com Romeu Zema se mantém preservada.
"Fui comunicá-lo da decisão (de se filiar ao PSDB), e durou cinco minutos. Ficamos mais uma hora conversando sobre todos os assuntos", disse, em entrevista coletiva na sede estadual do partido, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Brant afirmou não ter "a menor ideia" sobre eventual cargo a disputar na eleição do ano que vem. Além do pleito para governador, estarão em jogo cadeiras na Assembleia Legislativa, na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. O vice-governador esteve no PSDB entre 2007 e 2015. E, antes de ingressar no Novo, passou pelo PSB.
Economista e engenheiro civil, o vice-governador optou por retornar à agremiação tucana por buscar espaços que defendam o que chamou de "social democracia contemporânea", que une apoio à iniciativa privada e livre mercado a um estado fortalecido, capaz de políticas em prol da redução de desigualdades.
Embora garanta ter boa relação com deputados federais e estaduais da antiga legenda, Brant relatou discordâncias com o programa do partido. "Minha divergência em relação ao Novo diz respeito às ideias do ponto de vista da agenda econômica, que acho muito liberal e (que) subestima a importância do governo na reconstrução do país. E (há divergências) na maneira como conduzem a política, que acho sectária e um pouco exclusivista", opinou.
O PSDB compõe a base aliada a Zema na Assembleia. O deputado Gustavo Valadares, secretário-geral da legenda em Minas, é o líder do governo. Segundo o deputado federal Paulo Abi-Ackel, presidente estadual da sigla, a incorporação de Paulo Brant aos quadros do partido não significa a ampliação da influência tucana na Cidade Administrativa.
"Não há vinculação entre a participação do PSDB no governo e a vinda desse velho tucano que andou voando por outros ares durante alguns tempos. Estamos pensando muito mais no futuro que no presente", observou.
De acordo com Abi-Ackel, ainda é cedo para cravar os rumos do PSDB nas urnas em 2022. Apesar de pregar cautela, o dirigente reconheceu que a chegada do vice-governador aumenta a "capacidade competitiva" da legenda.
"Não temos, ainda, nenhuma perspectiva em relação àquilo que pode acontecer. A chegada do Paulo Brant abre o leque de possibilidades para o PSDB em 2022, sem dúvida nenhuma."
Como já mostrou o Estado de Minas, o PSDB espera sinais nacionais para definir a caminhada a seguir em Minas Gerais. Se o partido lançar um candidato à presidência capaz de unir o centro, a avaliação é de que a sigla precisará de um nome para construir palanque no estado. Se outra agremiação, com o apoio tucano, aglutinar forças centristas a nível nacional, os planos podem mudar.
Um ano após encerrar o primeiro ciclo no PSDB, em 2016, Paulo Brant chegou a ser oficializado como representante do PSB na corrida pela sucessão de Marcio Lacerda em Belo Horizonte. A articulação, no entanto, acabou sendo interrompida de última hora, e Brant acabou saindo da disputa.
O candidato apoiado pelo então prefeito passou a ser Délio Malheiros, que à época concorreu pelo PSD.
O evento de retorno do vice de Zema ao PSDB teve a participação de deputados federais e estaduais da sigla. Gustavo Valadares e Ilce Rocha, prefeita de Vespasiano, na Região Metropolitana, discursaram saudando o novo correligionário.
"Fui comunicá-lo da decisão (de se filiar ao PSDB), e durou cinco minutos. Ficamos mais uma hora conversando sobre todos os assuntos", disse, em entrevista coletiva na sede estadual do partido, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Brant afirmou não ter "a menor ideia" sobre eventual cargo a disputar na eleição do ano que vem. Além do pleito para governador, estarão em jogo cadeiras na Assembleia Legislativa, na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. O vice-governador esteve no PSDB entre 2007 e 2015. E, antes de ingressar no Novo, passou pelo PSB.
Economista e engenheiro civil, o vice-governador optou por retornar à agremiação tucana por buscar espaços que defendam o que chamou de "social democracia contemporânea", que une apoio à iniciativa privada e livre mercado a um estado fortalecido, capaz de políticas em prol da redução de desigualdades.
Embora garanta ter boa relação com deputados federais e estaduais da antiga legenda, Brant relatou discordâncias com o programa do partido. "Minha divergência em relação ao Novo diz respeito às ideias do ponto de vista da agenda econômica, que acho muito liberal e (que) subestima a importância do governo na reconstrução do país. E (há divergências) na maneira como conduzem a política, que acho sectária e um pouco exclusivista", opinou.
O PSDB compõe a base aliada a Zema na Assembleia. O deputado Gustavo Valadares, secretário-geral da legenda em Minas, é o líder do governo. Segundo o deputado federal Paulo Abi-Ackel, presidente estadual da sigla, a incorporação de Paulo Brant aos quadros do partido não significa a ampliação da influência tucana na Cidade Administrativa.
"Não há vinculação entre a participação do PSDB no governo e a vinda desse velho tucano que andou voando por outros ares durante alguns tempos. Estamos pensando muito mais no futuro que no presente", observou.
Papel em 2022 ainda é incógnita
De acordo com Abi-Ackel, ainda é cedo para cravar os rumos do PSDB nas urnas em 2022. Apesar de pregar cautela, o dirigente reconheceu que a chegada do vice-governador aumenta a "capacidade competitiva" da legenda.
"Não temos, ainda, nenhuma perspectiva em relação àquilo que pode acontecer. A chegada do Paulo Brant abre o leque de possibilidades para o PSDB em 2022, sem dúvida nenhuma."
Como já mostrou o Estado de Minas, o PSDB espera sinais nacionais para definir a caminhada a seguir em Minas Gerais. Se o partido lançar um candidato à presidência capaz de unir o centro, a avaliação é de que a sigla precisará de um nome para construir palanque no estado. Se outra agremiação, com o apoio tucano, aglutinar forças centristas a nível nacional, os planos podem mudar.
Brant foi 'quase candidato' a prefeito de BH
Um ano após encerrar o primeiro ciclo no PSDB, em 2016, Paulo Brant chegou a ser oficializado como representante do PSB na corrida pela sucessão de Marcio Lacerda em Belo Horizonte. A articulação, no entanto, acabou sendo interrompida de última hora, e Brant acabou saindo da disputa.
O candidato apoiado pelo então prefeito passou a ser Délio Malheiros, que à época concorreu pelo PSD.
O evento de retorno do vice de Zema ao PSDB teve a participação de deputados federais e estaduais da sigla. Gustavo Valadares e Ilce Rocha, prefeita de Vespasiano, na Região Metropolitana, discursaram saudando o novo correligionário.