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Estado de Minas NÃO ASSINATURA

Zema sobre nota de apoio ao STF: 'Intrigas palacianas não me interessam'

Governador não assinou manifesto contra ataques feitos pelo presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) aos ministros da Suprema Corte


16/08/2021 20:49 - atualizado 16/08/2021 21:31

Zema disse estar fora de 'intrigas palacianas' e que foi eleito para governar Minas(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Zema disse estar fora de 'intrigas palacianas' e que foi eleito para governar Minas (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), justificou a não assinatura na nota de apoio aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O documento foi endossado por chefes do Executivo de 13 estados e do Distrito Federal. Zema disse que "intrigas palacianas não interessam". 

Em entrevista à TV Band Minas nesta segunda-feira (16/8), Zema também afirmou que foi eleito para governar Minas Gerais "e não para ficar avaliando presidentes e o STF". Não é a primeira vez que o governador não assina carta endossada por outros chefes de Executivo. Em março, por exemplo, 14 autoridades assinaram uma carta pedindo para que o governo federal conseguisse mais doses de vacinas contra a COVID-19. No entanto, Zema não assinou.

"Fui eleito para governar Minas e não para ficar avaliando presidentes e STF. Estou à frente do estado para trazer emprego para o mineiro. Quem está nos assistindo está preocupado se vai conseguir emprego para ele, para o filho e o irmão, e não o que o STF e o presidente estão fazendo lá de tramas nos palácios do poder. Estou preocupado em trazer vacina. As intrigas palacianas não me interessam. Não entro em intrigas palacianas", afirmou o governador.

O manifesto desta segunda-feira (16/8) exaltou o papel do STF e pediu paz e serenidade ao país. O documento, no entanto, não citou nominalmente o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que fez diversos ataques aos ministros da Corte nas últimas semanas, sobretudo a Luis Roberto Barroso, que também ocupa a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e a Alexandre de Moraes.

"O Estado Democrático de Direito só existe com Judiciário independente, livre para decidir de acordo com a Constituição e com as leis. No âmbito dos nossos estados, tudo faremos para ajudar a preservar a dignidade e a integridade do Poder Judiciário", diz a nota.


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