Jornal Estado de Minas

TSE

Bia Kicis critica decisão que bloqueou verba para canais com fake news

A deputada Bia Kicis (PSD-DF) usou as redes sociais nesta segunda-feira (16/8) para criticar a decisão do ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Felipe Salomão, que determinou o bloqueio de repasses de dinheiro de redes sociais para canais envolvidos na divulgação de notícias falsas.




 
Dentre os perfis ligados à propagação de desinformação, estão o do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), de seus filhos Flávio (Patriota-RJ), Carlos (Republicanos-RJ) e Eduardo (PSL-SP), assim como os de outros quatro deputados federais e influenciadores bolsonaristas. 

"Em decisão monocrática, o Ministro Salomão do TSE determinou a suspensão da monetização de 11 canais conservadores. É censura proibida pela CF. A cada dia uma nova medida. Todas contra conservadores. É o vale tudo contra qualquer um que apoie as pautas da direita", escreveu a parlamentar.
 
 

Conforme o inquérito administrativo instalado no TSE nesta segunda (16/8), as redes sociais YouTube, Twitch.TV, Twitter, Instagram e Facebook devem suspender imediatamente as monetizações dos conteúdos publicados pelas pessoas e páginas indiciadas na investigação.



Os recursos financeiros que vierem a ser obtidos pelos investigados serão transferidos para uma conta vinculada ao tribunal. O corregedor-geral ainda não decidiu se a medida se estende aos perfis de políticos.

As redes sociais devem apresentar em até 20 dias à Corregedoria-Geral Eleitoral os ganhos de cada perfil, canal e página indiciada no inquérito administrativo do TSE.

O despacho ainda obriga as plataformas a deixarem de usar algorítmos que sugiram perfis com claro teor desinformativo e político-ideológico. Salomão afirmou que o objetivo é evitar que os perfis investigados continuem a se beneficiar financeiramente e politicamente com a veiculação de conteúdos mentirosos.

O ministro determinou ainda a imediata suspensão de pagamentos às transmissões ao vivo, como as realizadas semanalmente por Bolsonaro (sem partido). Os conteúdos publicados no canal do presidente no Youtube não são monetizados - a exemplo da tradicional live realizada às quintas-feiras, que o levou a ser investigado pelo TSE por divulgar notícias falsas que atentariam contra os ministros da Corte -, mas os usuários que retransmitem as suas publicações ainda podem se beneficiar financeiramente da disseminação de publicações mentirosas.





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