A convocação de Alexandre Marques foi sugerida pelos senadores Humberto Costa (PT-PE) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que afirmaram buscar “esclarecer os detalhes da participação” do auditor na produção do “estudo paralelo”. Esse relatório chegou a ser citado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como um documento oficial do TCU. Em junho, o auditor foi afastado do cargo.
Após o TCU negar autoria do estudo, o caso perdeu relevância para os senadores que integram a CPI. No entanto, a volta do interesse surgiu depois de Alexandre afirmar à Corregedoria do tribunal que o documento foi adulterado e criticou Bolsonaro por fazer a divulgação indevida.
"Achei totalmente irresponsabilidade o mandatário da nação sair falando que o tribunal tinha um relatório publicado, que mais da metade das mortes por COVID não era por COVID. Eu achei uma afronta a tudo que a gente sabe que acontece, a todas as informações públicas, à ciência", afirmou o auditor à corregedoria.
Alexandre Marques recebeu o direito de ficar em silêncio em questionamentos que possam incriminá-lo na sessão, após decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Instalada em 27 de abril deste ano, a CPI da COVID apura possíveis ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia e repasses de verbas a estados e municípios.