Apesar de ter sido aconselhado por aliados a recuar, o presidente Jair Bolsonaro repetiu, nesta terça-feira (17/8), que apresentará ao Senado pedidos de impeachment contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. Porém, alegou que não vai interferir na decisão dos senadores.
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"Não vou fazer como o ministro Barroso fez, do TSE, que foi para dentro do Parlamento, reunir com lideranças partidárias e após a reunião, no dia seguinte, a maioria das lideranças resolveu trocar os integrantes da comissão por parlamentares que votaram contrário à PEC do voto impresso", concluiu.
Na segunda-feira (16/8), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), mandou recado ao Supremo de que o pedido de impeachment não prosperará. Pelas redes sociais, afirmou que "o diálogo entre os Poderes é fundamental e não podemos abrir mão dele, jamais" e alertou que "fechar portas, derrubar pontes, exercer arbitrariamente suas próprias razões são um desserviço ao país".
Nesta terça-eira (17/8), Pacheco se reúne com o presidente do STF, Luiz Fux, para tratar sobre a crise aberta entre os Poderes.