Jornal Estado de Minas

CÂMARA DOS DEPUTADOS

Deputado governista pergunta para colega: 'Você é mulher? Vai se lascar'

O deputado federal governista José Medeiros (PP-MT) mandou a deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS) ir “se lascar” durante audiência que escutava o ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, na Câmara dos Deputados.





Braga Netto participou de uma audiência pública da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados em conjunto com a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional e da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público.
 
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Ao pedir a palavra, Fernanda afirmou que Braga Netto disse “coisas inaceitáveis" sobre a ditadura militar do Brasil. “Peço um minuto e não vou passar do tempo porque não costumo interromper a fala dos outros”, disse a parlamentar.

Em seguida, Medeiros interrompeu a deputada. “Ta inscrita?”, perguntou. “É a vez dela?”, disse.

Fernanda então responde. “Acabaram de me passar a palavra, Zé Medeiros. Você adora interromper uma mulher. Te contenha ai”, afirmou.





Medeiros então interrompe a deputada pela segunda vez. “Você é mulher?”, pergunta.

“Eu sou mulher, mas não me intimido para homem que fala grosso e fica fazendo ameacinha. Vou falar!”, reagiu a parlamentar.
 
Ao ouvir a declaração, Medeiros manda Fernanda ir se lascar. “Vai tu”, responde a deputada.
 
 
 

A reunião

 
Braga Netto visitou a Câmara a pedido do deputado Elias Vaz (PSB-GO). O ministro foi convidado para prestar esclarecimentos sobre nota oficial assinada por ele e pelos comandantes das Forças Armadas, publicada em 7 de julho, para repudiar declarações do presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID, senador Omar Aziz (PSD-AM) sobre a conduta de alguns militares envolvidos em casos suspeitos de corrupção no governo federal.

Já os deputados Rogério Correia (PT-MG), Paulão (PT-AL), Arlindo Chinaglia (PT-SP), Henrique Fontana (PT-RS), David Miranda (Psol-RJ) e Odair Cunha (PT-MG) pedem explicações sobre supostas afirmações do ministro feitas a interlocutores condicionando a realização de eleições à adoção do voto impresso como forma de promoção de auditoria da referida eleição.
  

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