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Estado de Minas 'INTRIGAS PALACIANAS'

Após Zema não assinar carta ao STF, presidente da ALMG fala em 'omissão'

Em mensagem indireta, deputado Agostinho Patrus, do PV, disse que os que não se posicionam em prol da democracia optam pelo 'lado contrário'


17/08/2021 16:11 - atualizado 17/08/2021 16:37

Agostinho Patrus (esq.) criticou indiretamente postura de Romeu Zema (dir.) sobre carta de apoio ao STF(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press - 25/2/2021)
Agostinho Patrus (esq.) criticou indiretamente postura de Romeu Zema (dir.) sobre carta de apoio ao STF (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press - 25/2/2021)
O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Agostinho Patrus (PV), fez críticas indiretas ao governador Romeu Zema (Novo) nesta terça-feira (17/8). O chefe do poder Executivo mineiro não assinou nota conjunta de governadores em apoio aos ministros Supremo Tribunal Federal (STF).

Sem mencionar o nome de Zema, o deputado estadual disse que quem opta por não se posicionar em defesa da independência dos Poderes e da democracia "escolhe o lado contrário". Ele utilizou o termo "omissão".

"Quem não se posiciona a favor da democracia e da independência entre Poderes, escolhe o lado contrário. A sociedade mineira assumiu, em toda a sua história, a defesa da liberdade e da soberania popular. E essa soberania apenas se dá quando há respeito entre as competências", escreveu Patrus.

O presidente do Legislativo ressaltou a importância de demonstrar apoio às instituições que dão forma ao regime democrático. "Prezar pelo diálogo é dever de quem foi eleito democraticamente. Omissão definitivamente não é uma forma de representatividade. Na ALMG, todas as instituições democráticas têm garantia de apoio e acolhimento. Essa é condição fundamental para a estabilidade, harmonia e paz social", completou.



Treze governadores e o chefe do Executivo do Distrito Federal subscreveram documento enviado ontem à Suprema Corte. O manifesto exalta o papel do STF e clama por serenidade ao país. O documento, no entanto, não cita nominalmente o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que fez diversos ataques aos ministros da Corte nas últimas semanas, sobretudo a Luis Roberto Barroso, que também ocupa a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e a Alexandre de Moraes.

'Intrigas palacianas'


Ontem, Zema justificou a ausência de seu nome no documento pelo fato de não estar preocupado com o que chamou de "intrigas palacianas".

"Fui eleito para governar Minas e não para ficar avaliando presidentes e STF. Estou à frente do estado para trazer emprego para o mineiro. Quem está nos assistindo está preocupado se vai conseguir emprego para ele, para o filho e o irmão, e não o que o STF e o presidente estão fazendo lá de tramas nos palácios do poder. Estou preocupado em trazer vacina. As intrigas palacianas não me interessam. Não entro em intrigas palacianas", afirmou o governador, em entrevista à TV "Band Minas".

Não é a primeira vez que Zema deixa de assinar carta endossada por outros chefes de Executivo. Em março, por exemplo, 14 autoridades construíram documento pedindo que a gestão de Jair Bolsonaro conseguisse mais vacinas antiCOVID-19. O papel não teve a subscrição do governador mineiro.

"O Estado Democrático de Direito só existe com Judiciário independente, livre para decidir de acordo com a Constituição e com as leis. No âmbito dos nossos estados, tudo faremos para ajudar a preservar a dignidade e a integridade do Poder Judiciário", lê-se em parte do mais recente comunicado dos governadores.


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