O prefeito Bruno Lamounier Furtado (DEM) e o vice-prefeito, João Paulo Lamounier, de Camacho, município localizado no Centro-Oeste de Minas, tiveram os mandatos cassados pela Justiça Eleitoral nesta terça-feira (17/08). Os políticos foram acusados por abuso de poder político e econômico e compra de votos nas eleições de 2020, quando foram reeleitos.
Além da perda dos cargos, os dois políticos e o chefe do setor de obras do município também foram condenados ao pagamento de multa e receberam sanção, não podendo ser eleitos por oito anos. O requerimento foi feito pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Justiça Eleitoral julgou procedente a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije).
Segundo a ação, o prefeito e o vice-prefeito “cederam servidores, máquinas, veículos e equipamentos do município para construção e reforma de imóveis particulares, com o intuito de beneficiar a candidatura da chapa”, conforme nota do MPMG.
As irregularidades ocorreram às vésperas das eleições municipais, no segundo semestre de 2020. De acordo com a ação, em retribuição à reeleição, os funcionários beneficiados teriam trabalhado ativamente na campanha eleitoral.
“O abuso do poder econômico revestiu-se de redobrada gravidade, uma vez que a compra da liberdade de escolha do eleitor se deu através do emprego de recursos públicos, valendo-se os candidatos da força de trabalho de servidores e de bens da administração, às custas, portanto, do tesouro municipal”, informou o Ministério Público, em nota.
A reportagem tentou contato com a prefeitura sem sucesso.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Eduardo Oliveira