O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Agostinho Patrus (PV), alertou, nesta quarta-feira (18/8), para o risco de o Brasil perder investimentos estrangeiros após diversos ataques à democracia. “No exterior já se questiona nossa democracia e como isso pode impactar a vida das multinacionais”, escreveu.
De acordo com o deputado, se o Brasil perder investimentos, é possível que “alguns se sensibilizem pela defesa da democracia. Quem sabe?”, perguntou.
O Brasil corre o risco de deixar de receber investimentos estrangeiros. No exterior já se questiona nossa democracia e como isto pode impactar na vida das multinacionais. Pode ser que assim alguns se sensibilizem pela defesa democrática. Quem sabe?
%u2014 Agostinho Patrus (@agostinhopatrus) August 18, 2021
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vem nos últimos meses atacando o Supremo Tribunal Federal (STF) e os ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.
Nos últimos meses, o presidente vem falando a apoiadores, mais uma vez sem provas, que ganhou as eleições em primeiro turno. De acordo com ele, o pleito de 2018 foi fraudado para que Fernando Haddad (PT) tivesse a oportunidade de enfrentá-lo em segundo turno.
Bolsonaro foi eleito, no segundo turno, o 38º presidente da República com 57.797.847 votos (55,13% dos votos válidos), contra 47.040.906 votos (44,87%) de Haddad.
Na manhã de sábado (14/8), Bolsonaro afirmou que iria levar ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), um pedido para instaurar processo contra os ministros do STF Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. Segundo o chefe do Executivo, os dois “extrapolam com atos os limites constitucionais”.
Após os ataques, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), ficou de fora da nota pública assinada por governadores de 13 estados e do Distrito Federal para manifestar solidariedade ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O documento afirmava que o tribunal vem sofrendo “constantes ameaças e agressões”.
Ainda de acordo com o documento, o Estado democrático de direito só existe com um Poder Judiciário livre e independente.