Jornal Estado de Minas

GOVERNO FEDERAL

Kalil diz que governo federal quer privatizar prédios públicos em BH

O governo federal, por meio do Ministério da Economia, quer privatizar prédios públicos de domínio da União localizados em Belo Horizonte e que, na visão dos integrantes da pasta chefiada pelo ministro Paulo Guedes, estão subutilizados. Nesta quinta-feira (19/8), uma reunião com o prefeito da cidade, Alexandre Kalil (PSD), foi realizada para apresentar a ideia.





Em entrevista à Rádio BandNews FM BH, o prefeito da capital de Minas Gerais deu alguns detalhes a respeito do encontro com os integrantes do Ministério da Economia. Kalil vê com bons olhos a intenção do governo federal e disse que pode ser satisfatório para a cidade belo-horizontina.

"Estive com o pessoal do Ministério da Economia aqui, que quer privatizar um monte de coisa em Belo Horizonte, para transformar em dinheiro, para linha de metrô, eu concordei, que é o pessoal de privatização. Eles têm aqui prédios, como lá na Prudente de Morais, que era o antigo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), a Escola de Engenharia, eles têm uma área no Belvedere, tudo da SPU (Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União), do governo federal, eles querem fazer um feirão para vender, com parceria com a prefeitura, para investir parte na cidade. Quer dizer, é uma boa proposta, temos que trabalhar, trabalhar e trabalhar muito", afirmou.

Posteriormente, na mesma entrevista, Kalil abordou a relação no geral com o governo federal. Ele citou a reunião desta quinta com o Ministério da Economia para argumentar que não tem nada contra o governo em si, mas sim contra atitudes negacionistas praticadas pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).





"O governo federal esteve aqui hoje (quinta-feira) e está querendo parceria com a prefeitura.  Não vejo nenhum problema, até porque não fiz nada com o governo federal, nem mal eu falei. O que falo é que não posso negar máscara, não posso negar distanciamento, não posso negar nada disso. Não posso pedir para não lavar a mão, para tirar a máscara, isso é um absurdo absoluto, isso é um crime, isso é que eu discordo do governo federal. O resto eu não tenho que discordar, ele foi eleito com 50 e tantos milhões de votos e tem que ser respeitado por isso, e tem que se fazer respeitar. Não tenho nada contra o governo, não tenho nada", afirmou o prefeito de BH.

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