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Estado de Minas ACORDO

Bolsonaro dá trégua a ataques e planeja diálogo com Barroso, Moraes e TSE

Presidente tenta acordo com ministros do Supremo, com quem teve desavenças nos últimos dias


19/08/2021 17:49 - atualizado 19/08/2021 18:28

Bolsonaro teve encontro com grupos indígenas em Cuiabá(foto: Isac Nóbrega/PR)
Bolsonaro teve encontro com grupos indígenas em Cuiabá (foto: Isac Nóbrega/PR)
 
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu uma trégua em relação aos ataques constantes aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Luis Roberto Barroso e ao corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luis Felipe Salomão. 
 
A declaração foi dada durante sua agenda, em Cuiabá (MT), onde ele fez a entrega de tratores para aldeias indígenas para impulsionar a produção.

Diferentemente das últimas semanas, Bolsonaro adotou um discurso de tranquilidade ao citar os ministros do STF: “A minha voz vai continuar sendo usada. Não estou atacando ninguém, nenhuma instituição. Algumas poucas pessoas estão turvando as águas do Brasil. Quero paz, quero tranquilidade", afirmou o presidente.

"Converso com o senhor Alexandre de Moraes, se quiser conversar comigo. Converso com o senhor Barroso, se quiser conversar comigo. Converso com o Salomão, se quiser conversar comigo. Ele fala o que ele acha que está certo, eu falo o que acho que está para o lado de cá. E vamos chegar num acordo”, completou Bolsonaro.  

As desavenças com Alexandre de Moraes tiveram um estopim depois que o ministro determinou que o presidente fosse investigado por supostamente vazar um inquérito sigiloso da Polícia Federal sobre ataque de hackers ao sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O presidente fez transmissão ao vivo em 4 de agosto, pela internet, ao lado do deputado Filipe Barros (PSL-PR), no qual citou o inquérito da PF.

Por sua vez, Bolsonaro vem tendo rusgas recentes com Luís Roberto Barroso por causa da tentativa frustrada de implantar o voto impresso na disputa eleitoral de 2022. A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) foi rejeitada pela Câmara dos Deputados na semana passada. 
 
 


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