O Ministério da Saúde publicou nesta sexta-feira (20/8) um detalhamento sobre como é feita a logística de distribuição das vacinas da COVID-19 para os estados. O processo de envio das doses pela pasta recentemente foi alvo de críticas de algumas autoridades brasileiras, como o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), e o prefeito da capital do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD).
Paes reclamou da demora da entrega dos imunizantes para o Rio, que chegou a suspender a aplicação da primeira dose por falta de estoque.
"Agradeço ao governo federal, eles que compram a vacina, eles que pagam a vacina, eles que adquiriram a vacina. Palmas para eles todos, estou feliz da vida, muito obrigado... Mas entrega a porcaria da vacina! Entrega a vacina", afirmou o prefeito, durante divulgação semanal do boletim epidemiológico da cidade.
Na última sexta-feira (13/8), "Agradeço ao governo federal, eles que compram a vacina, eles que pagam a vacina, eles que adquiriram a vacina. Palmas para eles todos, estou feliz da vida, muito obrigado... Mas entrega a porcaria da vacina! Entrega a vacina", afirmou o prefeito, durante divulgação semanal do boletim epidemiológico da cidade.
Durante visita ao Centro de Distribuição de Insumos Estratégicos de Saúde na cidade de Guarulhos, em São Paulo, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a metodologia de distribuição “é complexa”.
“Essa é a principal política pública de enfrentamento da pandemia: a vacinação. Já distribuímos mais de 215 milhões de doses. Isso acontece por toda essa logística, que é complexa, mas tem sido feita com eficiência para que toda a população receba as vacinas, é nosso dever”, afirmou.
Segundo o Ministério da Saúde, todas as decisões da distribuição dos imunizantes são acordadas em reuniões entre os estados, representados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), municípios, representados pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e União.
Nesses encontros, são definidas as estratégias de imunização, para qual público-alvo as doses serão destinadas, o quantitativo que cada estado deve receber, o percentual para primeira e segunda dose, observando o número de vacinas que já estão liberadas para entrega naquele momento.
“É essa reunião que dá origem ao Informe Técnico, documento elaborado pelo Ministério da Saúde, com todas as recomendações a cada distribuição e que os gestores locais do SUS devem seguir para garantir que a campanha avance conforme o planejado, sem prejuízos para a população”, afirmou a pasta.
Em publicação no site, a pasta federal detalhou como é feito cada etapa do processo a partir do momento em que os laboratórios entregam os lotes de vacinas. As doses que estão em processo de liberação dos lotes podem ser acompanhadas pelo painel LocalizaSUS.
Até o momento, segundo dados do ministério, 120.409.988 de brasileiros receberam a primeira e 53.240.329 a segunda dose ou a aplicação única da Janssen.
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