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Estado de Minas DENÚNCIA

MP acusa policial de torturar Antony Garotinho na prisão do RJ em 2017

Ex-governador do Rio foi preso em 2017 em virtude da delação premiada de executivos da JBS, mas ganhou liberdade quase um mês depois


20/08/2021 16:10 - atualizado 20/08/2021 16:39

Garotinho denunciou torturas em 2017(foto: Mauro Pimentel/AFP)
Garotinho denunciou torturas em 2017 (foto: Mauro Pimentel/AFP)

O policial militar Sauler Campos de Faria é acusado de prática de tortura contra o ex-governador do Rio de Janeiro Antony Garotinho, enquanto ele esteve preso na Cadeia Pública de Benfica. A denúncia foi feita pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, com base em acervo documental e exame de corpo de delito feito pela vítima dias depois. 
 
Segundo o MP, Sauler invadiu a cela ocupada por Garotinho na madrugada de 24 de novembro de 2017 e o agrediu com golpes de um bastão semelhante a um taco de beisebol, além de ameaçá-lo de morte.

A denúncia aponta ainda que, depois da agressão, o denunciado tirou uma arma da cintura e a ameaçou: “Só não vou te matar para não sujar para o pessoal aqui do lado”, referindo-se a outros presos custodiados no local. O policial ainda pisou no pé da vítima, causando-lhe outra lesão. 

A defesa de Garotinho chegou a mostrar fotos de lesões nos pés e joelhos do ex-governador. Coube ao ex-secretário de saúde Sérgio Côrtes atendê-lo. 

Sauler foi denunciado por infringir o artigo 1º, inciso II, da Lei 9.455/97, submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo. A pena prevista é de reclusão de dois a oito anos.

Garotinho foi preso em virtude da delação premiada de executivos da JBS, que afirmaram terem doado R$ 3 milhões via caixa 2 para a campanha dele ao governo do Rio de Janeiro em 2014. Porém, o ex-governador foi solto depois de 29 dias.

Durante o período, também estavam no presídio investigados pelas operações Calicute, Lava Jato, Fratura Exposta, e C’est Fini, como o também ex-governador Sérgio Cabral, que estou está recluso em Bangu. 




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