Dois dos alvos de uma operação da Polícia Federal que aconteceu nesta sexta-feira (20/8) contra 10 pessoas que organizavam um protesto antidemocrático para o 7 de Setembro, o caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido pelo apelido Zé Trovão, e o empresário Turíbio Torres repudiaram a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a ação policial, e a classificaram como sendo um "absurdo".
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Zé Trovão e Turíbio subiram o tom nas críticas contra o STF. Segundo o inquérito em que os dois são alvo, Zé Trovão defendeu o protesto em 7 de Setembro para "salvar o país dessa carniça podre chamada ministros podres do STF". Os organizadores do ato falaram em invadir e depredar o prédio do Supremo, bem como defenderam o fechamento da Corte, o que é inconstitucional.
"Nós não vamos parar. Fica esse recado aqui. Eu posso hoje ficar preso, mas nós não vamos parar", ameaçou Zé Trovão. Ele chegou a comparar os responsáveis por organizar o protesto com a criatura da mitologia grega Hidra, um ser com corpo de dragão e que tinha várias cabeças de serpente. De acordo com a lenda, as cabeças da Hidra tinham o poder de se regenerar.
"Nós estamos igual aquele negócio da mitologia grega. Corta uma cabeça, nascem 10 no lugar. A cada momento está surgindo mil Zé Trovões, mil Turíbio Torres, um milhão de Sérgios Reis. O Brasil que nós queremos nós vamos alcançar. Então, não pare de lutar", pediu.
"Nosso recado foi dado"
Zé Trovão e Turíbio Torres prestarão depoimento à Polícia Federal ainda nesta sexta. O empresário disse que, se eles forem presos, "o movimento" tem que continuar.
"Nosso recado foi dado e chegou para quem a gente queria que chegasse. Então, se eles estão fazendo tudo que estão fazendo contra minha pessoa, Zé Trovão, Sérgio Reis, é porque eles sabem que nosso movimento está gigante e que eles serão os maiores prejudicados".
Turíbio Torres comentou que a situação "está difícil", mas não cedeu. "A gente está vendo resultado. Se tudo isso está acontecendo, é porque estamos pisando na ferida. Levantem enquanto ainda tem tempo, porque amanhã pode ser vocês. Se não levantarmos agora, vai acontecer com um filho teu. E a gente não pode se calar".