O vice-governador de Minas Gerais, Paulo Brant (PSDB), crê que o estado tem condições financeiras de arcar com o pagamento integral dos salários do funcionalismo público. A partir deste mês, o poder Executivo aboliu o esquema de parcelamento dos vencimentos mensais. Ao Estado de Minas, Brant afirmou que, neste momento, a chance de retorno ao modelo fracionado de quitação é baixa.
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Para Brant, houve evolução na administração dos recursos em relação ao visto na gestão de Fernando Pimentel (PT), antecessor de Romeu Zema (Novo).
"Tive ótima convivência com Pimentel, fomos professores na UFMG (no Departamento de Economia), mas o último governo, principalmente no fim, foi um caos administrativo. Estava muito desorganizado. Este governo é eficiente. As coisas funcionam. A probabilidade de descontrole financeiro está praticamente afastada", asseverou.
Recém-filiado à agremiação tucana, Paulo Brant falou ao EM sobre temas como a gestão estadual, a decisão de retornar ao PSDB e a decisão de deixar o Novo. Ele deixou de ser correligionário de Zema em março do ano passado.
Férias-prêmio são reivindicação
Na semana passada, o Palácio Tiradentes anunciou cronograma para quitar dívidas relacionadas a valores por férias-prêmio. Vinte e cinco mil servidores têm direito a passivos referentes até 2004. Esse grupo trocou os dias de folga por recursos financeiros. Serão destinados R$ 701 milhões para arcar com o débito.
O critério para o pagamento seguirá ordem cronológica de vigência das aposentadorias e os servidores receberão o valor devido integralmente em parcela única. Em 27 de setembro, será efetuado o primeiro pagamento, de cerca de R$ 210 milhões, contemplando mais de 12 mil servidores. Ou seja, aproximadamente 50% daqueles que têm valores a receber