Jornal Estado de Minas

POSSÍVEIS ALIANÇAS

Lula se reúne com Eunício, que votou pelo impeachment de Dilma

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou, em agendas diferentes, com os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE), Cid Gomes (PDT-CE) e o ex-presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), em Fortaleza, nesta segunda-feira (23/8).





 

 

 

As reuniões ocorreram com o objetivo de firmar um movimento do ex-presidente com outras lideranças que disputaram as eleições nos últimos anos, focando na sua possível candidatura presidencial em 2022 e em oposição a Jair Bolsonaro.

 

Lula foi ao Ceará na companhia da presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT) e do ex-deputado estadual Ilário Marques (PT-CE). O encontro com Tasso durou aproximadamente uma hora e ocorreu no escritório particular do tucano.

 

De acordo com a assessoria de imprensa do deputado, a conversa focou no cenário atual da política brasileira, na importância da defesa intransigente da democracia, no fortalecimento das instituições e no compromisso de resistência a qualquer ato ou medida que ponha em risco a democracia no Brasil. Jereissati informou ainda que não formou nenhuma aliança eleitoral.





 

O deputado e o ex-presidente mantiveram diálogo nos últimos anos, mesmo sendo opositores políticos. Durante a prisão de Lula, o senador enviou uma carta de solidariedade após a morte do neto do petista, em março de 2019.  

 

Após o encontro, Lula se reuniu com o senador Cid Gomes (PDT), irmão do ex-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes, que vem atacando o petista nos últimos meses. Além disso, ele encontrou com o governador Camilo Santana (PT) e teve uma agenda com o ex-presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB).

 

Lula tem se encontrado com políticos do centro e deu sinais de que está planejando formar aliança com outros partidos além da esquerda, para se opor a Jair Bolsonaro na próxima eleição. De acordo com aliados do ex-presidente, o partido mais próximo é o PL, legenda "número 2" no bloco formado pelo Centrão e que hoje declara apoio a Bolsonaro.

 

No Ceará, PSDB e PT podem continuar sendo opostos, e os tucanos caminham para firmar aliança com o PDT, enquanto a legenda petista fala em candidatura própria.

 

Com informações de Estadão Conteúdo

 

*Estagiária sob supervisão do subeditor Eduardo Oliveira  

 





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