A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou, nesta terça-feira (24/8), projeto de lei que estabelece limites para transações e posse de dinheiro em espécie. O texto segue agora para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A ideia da proposta é coibir lavagem de dinheiro.
Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal "O Globo", o senador Flávio Bolsonaro (Patriota), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), tentou pedir vista do projeto novamente, mas o presidente da comissão, Otto Alencar (PSD), alegou que não era possível adiar a votação novamente, com base no regimento. Flávio já havia conseguido adiar a análise da proposta antes.
Ele argumentou que coibir lavagem de dinheiro é importante, mas "é importante discutir a realidade dos brasileiros". Porém, não explicou o que quis dizer com a afirmação.
O projeto que tem como relator Alessandro Vieira (Cidadania) proíbe:
- transações em espécie com valores acima de 10 mil reais;
- pagamento de boletos em espécie acima de 5 mil reais;
- trânsito em espécie acima de 100 mil reais, ressalvado o transporte por empresas de valores;
- posse em espécie acima de 300 mil reais, salvo situações específicas.
Flávio é investigado pelo esquema de "rachadinha" na época em que era deputado estadual. Ele e seus ex-funcionários foram denunciados, entre outros motivos, por transações suspeitas feitas usando grandes quantias de dinheiro em espécie.
*Estagiária sob supervisão do subeditor João Renato Faria