O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu a tramitação da denúncia contra o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), o ex-assessor Fabrício Queiroz e mais 15 acusados no caso das "rachadinhas" no gabinete do filho do presidente da República na Alerj, quando Flávio ainda era deputado estadual.
Leia Mais
CPI da COVID ouve diretor do FIB Bank sobre o caso CovaxinBolsonaro desiste de pedir impeachment de Barroso, segundo colunistaMandetta faz seminários para montar programaAssociação diz que PMs estarão com o Exército em caso de 'ruptura'Apoiadores gritam 'Bolsonaro 2022' e presidente diz que quer tirar fériasOs ministros consideraram que faltou fundamentação na decisão do juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio. A defesa de Queiroz argumentou ao STJ nos últimos dias que a denúncia apresentada menciona dados da quebra de sigilo e, por isso, não pode ser usada.
Rachadinhas na Alerj
O filho do presidente da República foi denunciado pelos crimes de organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e apropriação indébita entre os anos de 2007 e 2018.
A investigação contra Flávio Bolsonaro teve início depois que um documento elaborado pelo então Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificou uma série de transações suspeitas de Queiroz, que somavam R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.
No decorrer da investigação, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) identificou que Queiroz pagou despesas pessoais do então chefe, Flávio Bolsonaro, conforme informaram detalhes da decisão que culminou na prisão do ex-assessor, em junho de 2020.
Segundo documento, além de pegar parte dos vencimentos de funcionários do gabinete, na prática conhecida como "rachadinha", Queiroz também depositava valores na conta do chefe de forma fracionada, em valores menores, e fazendo ainda pagamentos de despesas pessoais de Flávio e de sua família.
Segundo o MP, no dia 1º de outubro de 2018, Queiroz fez pagamentos em espécie de R$ 6.942,55 referentes às mensalidades das duas filhas do então chefe, e não foi identificado na conta de Flávio ou de sua esposa saques compatíveis com os valores.