O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fará uma caravana por Minas Gerais em setembro. Possível candidato ao Palácio do Planalto, ele estará no estado entre os dias 15 e 18 do próximo mês. A informação foi confirmada ao Estado de Minas pelo diretório estadual do PT mineiro.
Leia Mais
CPI: empresário irrita senadores por contradições e recusa em dar respostasCPI da BHTrans encerra depoimentos e passa para análise de relatórioBolsonaro: 'Democracia e liberdade acima de tudo é nosso tema para dia 7'Cemig firmou quatro contratos sem licitação para recrutar executivosDeputados de MG já podem votar em 2° turno projeto sobre apoio a vacinas
Segundo o presidente estadual do PT, Cristiano Silveira, a proposta é que Lula comece a caminhada por Minas em Juiz de Fora, na Zona da Mata, onde a prefeita é a petista Margarida Salomão. Uma agenda em Contagem, onde a chefe do Executivo é Marília Campos, também está nos planos.
"Em Belo Horizonte, estão sendo programadas atividades com movimentos sociais e lideranças políticas. Há uma proposta do presidente da Assembleia (Agostinho Patrus, do PV) de receber o ex-presidente Lula juntamente com parlamentares federais e estaduais", contou Silveira.
Ainda segundo o dirigente, outra ideia é que Lula também passe por Montes Claros, no Norte de Minas.
O ex-presidente é líder nas mais recentes pesquisas de intenção de voto. Na semana passada, levantamento da XP/Ipespe mostra que, em eventual segundo turno, Lula tem 51%, ante 32% de Jair Bolsonaro (sem partido), atual chefe do poder Executivo federal.
Em 2017, quando percorreu cidades de Minas Gerais em um ônibus, Lula encerrou o périplo com um ato na Praça da Estação, em Belo Horizonte. À época, o pronunciamento foi marcado por críticas às reformas do então presidente da República, Michel Temer (MDB).
Histórico
Lula está livre desde novembro de 2019, quando deixou a carceragem da Polícia Federal, em Curitiba (PR). Ele havia sido condenado pelo ex-juiz Sergio Moro no caso do Triplex do Guarujá (SP).
Em junho deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu tornar o Moro parcial no que tange à condenação. As medidas tomadas pelo ex-juiz no caso foram anuladas. Em abril, o processo havia sido transferido à Justiça Federal de Brasília.
No último pleito presidencial, o PT foi representado por Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação. O petista foi ao segundo turno, etapa na qual recebeu 47.040.906 votos (44,87%) e foi derrotado por Jair Bolsonaro, o escolhido por 57.797.847 (55,13%).