Durante depoimento do empresário José Ricardo Santana nesta quinta-feira (26/8) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID, o senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) detalhou uma troca de mensagens que apontam para esquemas de corrupção dentro do Ministério da Saúde, envolvendo a Precisa Medicamentos.
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O senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) perguntou ao empresário José Ricardo Santana sobre uma troca de mensagens entre ele e o lobista Marconi Ribeiro a respeito de uma operação da Polícia Federal que envolvia a Precisa Medicamentos.
O empresário preferiu ficar em silêncio e o senador, então, relatou uma troca de mensagens, horas antes da operação acontecer, entre Francisco Maximiano, sócio da Precisa, e Marconi.
"Quem informa o senhor Francisco Maximiano da operação às 5h11? De onde vazou a informação da operação? Antes da operação ser iniciada, o senhor Marconi e o senhor Francisco Maximiano conversam sobre a operação", afirmou Randolfe.
Diante das alegações, o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), diz que os fatos são gravíssimos e que deveriam ter sido apurados na época.
A operação a que eles se referem é a Falso Negativo, que aconteceu em julho do ano passado no Distrito Federal e tinha como alvo a Precisa Medicamentos.
"Os órgãos de controle e de investigação tinham conhecimento que o senhor Roberto Dias estava mancomunado com um time, com uma equipe e não foi tomada nenhuma providência", disse o presidente da CPI.
"Alguém foi omisso, alguém prevaricou ou não quis tomar decisões para afastar essas pessoas no tempo hábil. Pelo contrário, depois disso quem não afastou também é responsável pela Davati. Porque se tivesse afastado em julho, quando descobriram tudo isso, essas pessoas não estariam negociando vacina e com a vida dos brasileiros. Isso é grave, muito grave", continuou.
Aziz também afirmou que o Procurador Geral da República deve ser questionado do por quê essas pessoas não foram afastadas do Ministério da Saúde.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Ricci