Após o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmar que a culpa da alta dos combustíveis não é dele e sim do governo federal, o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Agostinho Patrus (PV), usou as redes sociais, nesta sexta-feira (27/8), para afirmar que o impacto do preço do combustível só vai diminuir se os governos trabalharem juntos.
“O custo final da gasolina em Minas Gerais depende da alíquota do ICMS, que é a 2ª maior do Brasil, e do PMPF, base de cálculo do imposto estadual, que é a 4ª maior no país”, explicou.
De acordo com Agostinho Patrus, "com boa vontade" o estado pode segurar o aumento do preço de referência do ICMS sobre os combustíveis, aliviando o custo final ao consumidor. "Não fazer nada também é agir contra a população", afirmou.
Com boa vontade, o Estado pode segurar o aumento do preço de referência do ICMS sobre os combustíveis, aliviando o custo final ao consumidor - sobretudo, neste momento em que os valores estão nas alturas. Não fazer nada também é agir contra a população.
%u2014 Agostinho Patrus (@agostinhopatrus) August 27, 2021
Mais cedo, Zema listou 10 pontos nas redes sociais justificando que o valor que o consumidor paga na bomba é responsabilidade do governo federal. Questionado durante visita em uma escola, ele culpou o monopólio da Petrobras e o dólar.
“Se o combustível subiu na bomba, não foi devido a aumento. No meu governo, assumi um compromisso que estou cumprindo e vou continuar cumprindo de que não haverá aumento de impostos. O problema no Brasil, nós sabemos, está ligado a termos somente uma empresa”, afirmou.
O aumento nos preços da gasolina nos postos revendedores da Grande Belo Horizonte alcançou 3,07% em apenas 17 dias deste mês, levando o consumidor a pagar até R$ 6,499 pelo litro do combustível, segundo levantamento divulgado pelo site de pesquisas de preços Mercado Mineiro.