O governador Romeu Zema (Novo) pediu que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), conduzida pela Assembleia Legislativa, examine a gestão da estatal em governos anteriores. Nesta sexta-feira (27/8), em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o chefe do poder Executivo estadual disse que os acontecimentos ocorridos na empresa em sua gestão são "próximos a zero" perto de situações vistas em outros anos.
"Gostaria muito que essa CPI investigasse tudo o que já aconteceu na Cemig. Com certeza, o que ocorre no nosso governo, como já mencionei, é próximo a zero em vista do que ocorreu em governos anteriores", disse ele.
Segundo o governador, existe transparência em torno de todos os indicadores da gestão estadual e não há o que esconder aos deputados. Um dos pontos em xeque é o processo de escolha de Reynaldo Passanezi Filho para a presidência da estatal. A Exec, cujos sócios têm ligação com o partido Novo, foi contratada para conduzir o recrutamento. A empresa já havia atuado na escolha de secretários do Palácio Tiradentes.
O contrato entre Cemig e Exec foi oficializado depois da prestação do serviço de recrutamento, via instrumento chamado convalidação. Passanezi tomou posse em 13 de janeiro do ano passado; o documento que celebra o acordo é datado de sete dias depois.
"A CPI está fazendo um levantamento. Orientamos que seja dada total transparência. O atual presidente da Cemig tem todas as credenciais para ocupar o cargo, diferentemente de anteriores, que foram indicações políticas. É só olhar o currículo dele", afirmou o governador.
Como mostrou o Estado de Minas nesta sexta, a Cemig firmou, sem licitação, quatro pactos para recrutar executivos. Entre eles está, justamente, o processo que culminou na eleição de Passanezi.
A energética alega que a dispensa de concorrência, além de prevista na Lei das Estatais, está embasada na notória especialização das empresas chamadas.
Ao tratar da atuação da Cemig, Romeu Zema enalteceu os resultados obtidos pela companhia e a classificou de "patrimônio" da população do estado.
"O resultado da Cemig, recorde no último trimestre, demonstra que as ações têm sido feitas em prol do estado. A empresa, hoje, vale muito mais. Ela é patrimônio do povo mineiro. Mas que a CPI faça qualquer levantamento. Se alguém fez algo de errado, que seja responsabilizado. Somos favoráveis a isso".
Mais cedo, no Twitter, quando isentou o governo mineiro de culpa pelo aumento no preço dos combustíveis, Zema chegou a falar que a privatização de empresas como a Cemig e a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) pode abrir espaço para o arrocho de tributos pagos pelo contribuinte.
"Minas hoje ainda é um estado que deve muito mais do que recebe, como uma pessoa que ganha 1 mil/mês e deve 30 mil. Minha gestão está equilibrando as contas e arrumando a casa. A privatização de empresas como Copasa e Cemig poderia possibilitar espaço para redução de impostos", escreveu.
No primeiro semestre deste ano, a Assembleia conduziu CPI para apurar a aplicação de vacinas antiCOVID em servidores administrativos da Secretaria de Estado de Saúde (SES). O relatório pede o indiciamento, por peculato e improbidade administrativa, do ex-chefe da pasta, Carlos Eduardo Amaral.
No fim de junho, quando a CPI da Cemig já havia sido aberta e a investigação dos "fura-filas" caminhava para o fim, Zema se pronunciou sobre as comissões em entrevista ao EM.
"Me parece que estão procurando cabelo em casca de ovo, e não gordura em pele de porco gordo, como deveria ser. Acho muito estranho tudo isso. Qual é o critério para abrir uma CPI? Procurar migalhas ou deixar passar elefantes e baleias?", indagou, à época.
"Gostaria muito que essa CPI investigasse tudo o que já aconteceu na Cemig. Com certeza, o que ocorre no nosso governo, como já mencionei, é próximo a zero em vista do que ocorreu em governos anteriores", disse ele.
Segundo o governador, existe transparência em torno de todos os indicadores da gestão estadual e não há o que esconder aos deputados. Um dos pontos em xeque é o processo de escolha de Reynaldo Passanezi Filho para a presidência da estatal. A Exec, cujos sócios têm ligação com o partido Novo, foi contratada para conduzir o recrutamento. A empresa já havia atuado na escolha de secretários do Palácio Tiradentes.
O contrato entre Cemig e Exec foi oficializado depois da prestação do serviço de recrutamento, via instrumento chamado convalidação. Passanezi tomou posse em 13 de janeiro do ano passado; o documento que celebra o acordo é datado de sete dias depois.
"A CPI está fazendo um levantamento. Orientamos que seja dada total transparência. O atual presidente da Cemig tem todas as credenciais para ocupar o cargo, diferentemente de anteriores, que foram indicações políticas. É só olhar o currículo dele", afirmou o governador.
Como mostrou o Estado de Minas nesta sexta, a Cemig firmou, sem licitação, quatro pactos para recrutar executivos. Entre eles está, justamente, o processo que culminou na eleição de Passanezi.
A energética alega que a dispensa de concorrência, além de prevista na Lei das Estatais, está embasada na notória especialização das empresas chamadas.
Governador diz que empresa é "patrimônio dos mineiros"
Ao tratar da atuação da Cemig, Romeu Zema enalteceu os resultados obtidos pela companhia e a classificou de "patrimônio" da população do estado.
"O resultado da Cemig, recorde no último trimestre, demonstra que as ações têm sido feitas em prol do estado. A empresa, hoje, vale muito mais. Ela é patrimônio do povo mineiro. Mas que a CPI faça qualquer levantamento. Se alguém fez algo de errado, que seja responsabilizado. Somos favoráveis a isso".
Mais cedo, no Twitter, quando isentou o governo mineiro de culpa pelo aumento no preço dos combustíveis, Zema chegou a falar que a privatização de empresas como a Cemig e a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) pode abrir espaço para o arrocho de tributos pagos pelo contribuinte.
"Minas hoje ainda é um estado que deve muito mais do que recebe, como uma pessoa que ganha 1 mil/mês e deve 30 mil. Minha gestão está equilibrando as contas e arrumando a casa. A privatização de empresas como Copasa e Cemig poderia possibilitar espaço para redução de impostos", escreveu.
Governo já foi alvo de outra CPI
No primeiro semestre deste ano, a Assembleia conduziu CPI para apurar a aplicação de vacinas antiCOVID em servidores administrativos da Secretaria de Estado de Saúde (SES). O relatório pede o indiciamento, por peculato e improbidade administrativa, do ex-chefe da pasta, Carlos Eduardo Amaral.
No fim de junho, quando a CPI da Cemig já havia sido aberta e a investigação dos "fura-filas" caminhava para o fim, Zema se pronunciou sobre as comissões em entrevista ao EM.
"Me parece que estão procurando cabelo em casca de ovo, e não gordura em pele de porco gordo, como deveria ser. Acho muito estranho tudo isso. Qual é o critério para abrir uma CPI? Procurar migalhas ou deixar passar elefantes e baleias?", indagou, à época.