O delegado Rodrigo Fernandes, responsável pela investigação sobre a facada do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), teve a nomeação travada pela Casa Civil. Ele iria ocupar um cargo de confiança na Polícia Federal. É o que aponta uma reportagem da
Folha de S. Paulo.
O cargo foi travado devido à investigação que apura se o presidente interferiu na Polícia Federal. A denúncia foi feita pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro.
De acordo com o jornal, além de Rodrigo Fernandes, os delegados Alexandre Saraiva e Franco Perazzoni também devem ter suas mudanças de cargos escrutinadas no inquérito.
Tramitação 'imediata'
No fim de julho, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que a Polícia Federal retome as investigações sobre a suposta tentativa de interferência política do presidente Jair Bolsonaro na corporação.
O inquérito foi aberto na corte máxima justamente após denúncias feitas pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro, na ocasião de sua renúncia.
O ministro do STF afirmou que a regular tramitação da investigação deve ser 'imediata', independentemente de o plenário do Supremo ainda não ter decidido sobre como deve ser o depoimento de Bolsonaro no caso, se presencial ou por escrito.
No dia 20 de julho, Alexandre prorrogou o inquérito apelidado 'Moro x Bolsonaro' por mais 90 dias, que começaram a ser contados a partir do dia 27 do mesmo mês.