Jornal Estado de Minas

VOLTAS DA POLÍTICA

PSD articula candidatura de Alexandre Silveira ao Senado Federal

O ex-deputado federal Alexandre Silveira, presidente do PSD em Minas e secretário-geral do diretório nacional do partido, atualmente é suplente do senador Antonio Anastasia (PSD) e diretor da presidência do Senado, comandada por Rodrigo Pacheco (DEM). Mas, mostrando as voltas que a política dá, Silveira deverá concorrer ao mesmo cargo de Anastasia e Pacheco no próximo ano.




 
O nome do ex-deputado foi "lançado" como pré-candidato ao Senado em encontro com prefeitos e outras lideranças políticas realizado nessa sexta-feira (27/08), em Montes Claros, no Norte de Minas. A reunião, realizada na sede do Consórcio Intermunicipal Multifinalitário da Área Mineira da Sudene (Cimams), além de Alexandre Silveira, contou com a participação do senador Carlos Viana (PSD), de três deputados federais e quatro deputados estaduais votados na região.
 
De acordo com a "lista de presença" do evento, participaram do encontro 84 prefeitos do Norte de Minas, do Noroeste do estado e do Vale do Jequitinhonha.

Eles também participaram de um almoço oferecido no mesmo local. O Cimams divulgou que a iniciativa teve como objetivo "a apresentação de uma agenda para o desenvolvimento sustentável para os municípios do Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha. 




 
De fato, foram discutidas as demandas, obras iniciadas, projetadas ou que estão paradas nas duas regiões e que necessitam de recursos federais para serem concluídas, como o asfaltamento da BR-367, a barragem do Rio Jequitaí (projeto que ainda não saiu do papel) e a barragem de Berizal (iniciada em 1997 e paralisada há mais de 15 anos). 
 
No entanto, o pano de fundo do encontro foi a movimentação política para a disputa das eleições de 2022.
 
Durante a reunião, vários oradores enalteceram o nome de Alexandre Silveira como uma "opção" para a candidatura a senador no próximo ano.

Foi destacada a atuação do presidente estadual do PSD como diretor da Presidência do Senado, posto-chave na Casa Legislativa, no qual recebe os prefeitos e encaminha os pedidos apresentados por eles. Silveira participou da reunião em Montes Claros com o representante do senador Rodrigo Pacheco. Ele recebeu uma homenagem dos prefeitos, juntamente com o senador Carlos Viana.





Na oportunidade, Viana reiterou a sua disposição de concorrer à sucessão estadual no próximo ano. "O Valmir (Morais, presidente do Cimams), me perguntou se eu tenho coragem de colocar o meu nome para (ser candidato a) governador de Minas Gerais, eu respondi: Valmir, estou pronto para servir Minas Gerais", afirmou o senador do PSD.

"Os senhores podem ter a certeza de que eu não tenho medo de nenhum desafio. Não tenho medo algum de que a gente possa chegar nos lugares e dizer para as pessoas que eu acredito em uma Minas Gerais melhor, que eu acredito numa política que possa ser feita por todos vocês, para melhorar a vida das pessoas. Eu acredito nisso, porque a minha história é uma história de superação", disse Viana.
 
Já Alexandre Silveira foi mais cauteloso. Após receber vários elogios por parte dos prefeitos e deputados, ele não chegou a falar abertamente que é pré-candidato ao Senado. Mas, deu a dica: "estou à disposição do partido (PSD) para qualquer desafio". 




 
O encontro em Montes Claros contou com as presenças dos deputados federais Marcelo Freitas (PSL), Igor Timo (Podemos) e Newton Cardoso Júnior (MDB) e quatro deputados estaduais votados no Norte de Minas: Arlen Santiago (PTB), Carlos Pimenta (PDT), Gil Pereira (PSD) e Tadeu Martins Leite (MDB). Todos eles usaram a palavra.

A articulação para o lançamento da candidatura de Alexandre Silveira ao Senado foi confirmada por uma das lideranças do PSD em Minas. De acordo com a mesma fonte, a estratégia é que Silveira venha a disputar o cargo em comum acordo com os senadores Antonio Anastasia e sem concorrer com eles.
 
Isto porque Rodrigo Pacheco tem mais quatro anos de mandato na casa legislativa. Em 2022, será renovada apenas uma vaga de Minas no Senado, a mesma que é ocupada hoje por Anastasia, mas ele não deverá concorrer a novo mandato eletivo, tendo em vista que está sendo articulada a sua indicação para o Tribunal de Contas da União (TCU).

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