O presidente Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID, senador Omar Aziz (PSD-AM), determinou que a polícia legislativa conduza "sob vara" o suposto lobista da Precisa Medicamentos, Marconny Faria, à sessão. Seu depoimento está agendando para ocorrer a partir das 9h30 desta quinta-feira (2/9).
“Há algum tempo o Marconny já demonstrava o interesse de não comparecer na CPI (…) O habeas corpus dele é o mesmo para todos os depoentes, os termos do documento não eximem a presença dele na comissão”, afirmou o parlamentar.
Marconny chegou a apresentar um atestado médico do hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, alegando “problemas pélvicos” para se abster de seu depoimento hoje. Porém, segundo Randolfe, o médico que concedeu o afastamento de 20 dias a Marconny cancelou o documento.
Os senadores buscam investigar o advogado sobre seu possível envolvimento na negociação da vacina Covaxin e sobre a participação na venda de testes contra a COVID-19 para o Ministério da Saúde.
O que é uma CPI?
As
comissões parlamentares de inquérito
(CPIs) são instrumentos usados por integrantes do Poder Legislativo (vereadores, deputados estaduais, deputados federais e senadores) para investigar fato determinado de grande relevância ligado à vida econômica, social ou legal do país, de um estado ou de um município. Embora tenham poderes de Justiça e uma série de prerrogativas, comitês do tipo não podem estabelecer condenações a pessoas.
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O que a CPI da COVID investiga?
Instalada pelo Senado Federal em 27 de abril de 2021, após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF)
, a
CPI da COVID trabalha para apurar possíveis falhas e omissões na atuação do governo federal no combate à pandemia
do novo coronavírus. O repasse de recursos a estados e municípios também foi incluído na CPI e está na mira dos parlamentares.