O ex-secretário de Saúde do Distrito Federal Francisco Araújo negou durante Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID qualquer relação com a Precisa Medicamentos.
“Não terá nenhuma digital minha na Precisa Medicamentos”, afirmou Araújo. “Não tem digitais de ilegalidade em qualquer contrato meu”,disse.
Francisco foi preso em agosto de 2020 durante a Operação Falso Negativo. A investigação abarcou ilicitudes na aquisição de testes rápidos para detecção da COVID-19 para a rede pública de saúde local.
Durante depoimento na CPI, o ex-secretário negou também conhecer o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR). O governista é apontado como líder no esquema de negociação de vacinas superfaturadas dentro do Ministério da Saúde.
Questionado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), Francisco declarou que foi convidado pelo próprio governador de Brasília, Ibaneis Rocha (MDB), para assumir o cargo de secretário de Saúde, alegando ter sido indicado ao cargo de forma técnica.
O que é uma CPI?
As
comissões parlamentares de inquérito
(CPIs) são instrumentos usados por integrantes do Poder Legislativo (vereadores, deputados estaduais, deputados federais e senadores) para investigar fato determinado de grande relevância ligado à vida econômica, social ou legal do país, de um estado ou de um município. Embora tenham poderes de Justiça e uma série de prerrogativas, comitês do tipo não podem estabelecer condenações a pessoas.
Leia também: Entenda como funciona uma CPI
O que a CPI da COVID investiga?
Instalada pelo Senado Federal em 27 de abril de 2021, após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF)
, a
CPI da COVID trabalha para apurar possíveis falhas e omissões na atuação do governo federal no combate à pandemia
do novo coronavírus. O repasse de recursos a estados e municípios também foi incluído na CPI e está na mira dos parlamentares.