Logo após desmentir sua demissão, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, voltou a discordar do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), sobre o passaporte da vacina. “Concordo integralmente com o presidente”, afirmou nesta quinta-feira (2/9).
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou o passaporte em diversas ocasiões. "Querer criar passaporte da COVID é um crime", disse o presidente em uma delas. "Querer impor regras por decretos estaduais ou municipais violando inciso da Constituição é um crime."
Essa não é a primeira vez que Queiroga vai contra Doria. Eles já discordaram sobre a vacinação de terceira dose.
Durante a tarde, fontes ligadas ao Planalto informavam a saída de Queiroga do governo Bolsonaro.
"Não sei a quem interessa essa indústria de boatos. Somente para fragilizar o governo. Não pedi demissão e nem vou pedir. Estarei aqui até o dia em que o presidente entender que sou útil. Brasil acima de tudo, Deus acima de todos", afirmou o ministro a jornalistas.
Queiroga é ministro da Saúde desde março deste ano. Ele assumiu a pasta no lugar do general Eduardo Pazuello. Por ser médico, o cardiologista foi escolhido para o cargo para combater a pandemia de COVID-19.
O ministro tem pensamento alinhado ao do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que já demitiu dois ministros – Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich –, por não concordarem com seus posicionamentos.