Em meio às tentativas de conseguir assinaturas suficientes para abrir uma segunda CPI da COVID, o senador governista Eduardo Girão (Podemos-CE) afirmou, neste sábado (4/9), que a população clama “por toda verdade”.
Em diversos momentos, a cúpula bolsonarista relembra a importância de focar também nos desvios realizados por governadores e prefeitos durante a pandemia.
“Como a CP1 não atendeu aos anseios legítimos da população que quer TODA A VERDADE, decidimos criar uma CPMI para investigar desvios de verbas federais em estados e municípios e no Consórcio do Nordeste. Já conseguimos o apoio de 33 senadores, agora faltam 171 deputados federais”, escreveu nas redes.
Para Girão, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) deve ter como ponto de partida a compra de 300 respiradores, no valor de R$ 48,7 milhões, feita pelo Consórcio Nordeste, grupo que reúne nove governadores da região.
Girão pretende apresentar seu requerimento após o feriado de 7 de setembro.
O que é uma CPI?
As
comissões parlamentares de inquérito
(CPIs) são instrumentos usados por integrantes do Poder Legislativo (vereadores, deputados estaduais, deputados federais e senadores) para investigar fato determinado de grande relevância ligado à vida econômica, social ou legal do país, de um estado ou de um município. Embora tenham poderes de Justiça e uma série de prerrogativas, comitês do tipo não podem estabelecer condenações a pessoas.
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O que a CPI da COVID investiga?
Instalada pelo Senado Federal em 27 de abril de 2021, após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF)
, a
CPI da COVID trabalha para apurar possíveis falhas e omissões na atuação do governo federal no combate à pandemia
do novo coronavírus. O repasse de recursos a estados e municípios também foi incluído na CPI e está na mira dos parlamentares.