Durante a convenção bolsonarista CPAC Brasil, que acontece neste sábado (4/9), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comentou as acusações do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que
afirmou que o chefe do Executivo federal, é gay.
De acordo com Bolsonaro, ele poderia, caso fosse gay, processar Maia por homofobia. “Já reparou? Depois que ele foi trabalhar com o Doria, ele começou a se interessar pela pauta LGBT. Esse gordinho nunca me enganou”, comentou.
Em seguida, ele chama a primeira dama Michelle Bolsonaro para um abraço. O público, em coro, começa a gritar: “Beija, beija, beija”. Com isso, o presidente volta a chamar Michelle e os dois se beijam.
Na sexta-feira (03/09), Maia disse acreditar que Bolsonaro seria homossexual, mas que não teria coragem para se assumir. Em entrevista ao podcast Derrete Cast, ele falou que o motivo de Bolsonaro não se sentir à vontade para falar sobre a suposta orientação sexual é devido à formação militar.
"Eu tenho uma grande dúvida (se o Bolsonaro é gay). Eu acho que é. Não tem nenhum problema. Não tem uma mulher que ele (Bolsonaro) admire, ele não gosta", disse Maia, que, após a fala preconceituosa, tentou se justificar, afirmando que tem muitos amigos gays assumidos.
O político citou ainda Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul, que recentemente se assumiu homossexual.
O político citou ainda Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul, que recentemente se assumiu homossexual.
"Qual é o problema? Não estou brincando. Acho que esse debate tem que fazer. Ele não consegue assumir o que ele é. Falo sério. As pessoas acham que falo brincando, mas depois me dão razão", continuou, destacando que, como o mandatário "tem formação militar, que é muito reacionária, muito atrasada neste aspecto da orientação sexual, ele prefere dizer que é machão".