O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), fez críticas, neste sábado (4/9), às manifestações de 7 de setembro, Dia da Independência. Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) prometem marchar para Brasilia e pedir o fim do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com o presidenciável, que pode ser um nome de “terceira via” nas eleições presidenciais de 2022, está “na hora” de “retomar as cores do Brasil”. “E retomar a esperança dos brasileiros”, escreveu.
%uD83C%uDDE7%uD83C%uDDF7 Nesse 7 de setembro, vale lembrar: a melhor maneira de comemorar a Independência é sendo independente. Porque nós não precisamos pensar todos iguais para sermos todos o mesmo Brasil. Está na hora de retomar as cores do Brasil. E retomar a esperança dos brasileiros. pic.twitter.com/qqx8cNXoun
%u2014 Eduardo Leite (@EduardoLeite_) September 4, 2021
Essa não é a primeira vez que Leite faz críticas a Bolsonaro. Ele já falou sobre os ataques do presidente às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral.
De acordo com o governador, "não é com ditadura da maioria que se forma eleição".
“Democracia é oportunidade de eleição e oportunidade de contestação. Todas aquelas esferas onde pode ser contestado um governo, a imprensa, judiciário, parlamento, governadores… estão constantemente sob ataque do presidente Jair Bolsonaro e diante da expectativa da contestação no processo eleitoral pela própria população, o presidente ataca as urnas. Precisamos resistir, como o Congresso”, afirmou.
As manifestações do dia 7 de setembro foram inflamadas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Nos últimos meses, ele vem falando para apoiadores que ganhou as eleições presidenciais de 2018 em primeiro turno.
Para o presidente, as eleições foram fraudadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As declarações de Bolsonaro resultaram em uma briga do chefe do executivo com o presidente do TSE, ministro Luis Roberto Barroso.
Barroso defende que as eleições são justas e que as declarações do presidente não passam de fake news.
Após diversos xingamentos direcionados a Barroso, ao TSE e também ao STF, o ministro Alexandre de Moraes incluiu Bolsonaro no inquérito das fake news.
A ação implodiu uma verdadeira “guerra” contra o Supremo. Agora, apoiadores do presidente marcham para Brasília para protestar contra a Corte, pedir o voto impresso e auditável, o impeachment de Barroso e Moraes, e caso a Corte não caia, a implantação de um regime militar.