O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, publicou um artigo, neste domingo (5/9), data em que comemora o Dia da Amazônia, e declarou que a floresta não é um “jardim zoológico do mundo”.
No texto, publicado no jornal O Globo, Mourão narra os desafios para a preservação da Amazônia e cita a grilagem e ocupação de terras ilegais como desafio a ser superado.
De acordo com o vice de Bolsonaro, a Amazônia foi largada à própria sorte e à mercê dos grileiros.
“Tendo sido injustificadamente abandonados, os projetos de assentamento e colonização agrícola da Amazônia foram deixados à própria sorte e à mercê de grileiros, posseiros e grandes latifundiários, gerando uma ocupação desordenada e predatória da região, particularmente nos eixos das grandes estradas, que também foram largadas, colocando a região em isolamento e clima de abandono, abrindo espaço para uma corrida desenfreada pela posse, grilagem e ocupação ilegal”, escreveu.
“Tendo sido injustificadamente abandonados, os projetos de assentamento e colonização agrícola da Amazônia foram deixados à própria sorte e à mercê de grileiros, posseiros e grandes latifundiários, gerando uma ocupação desordenada e predatória da região, particularmente nos eixos das grandes estradas, que também foram largadas, colocando a região em isolamento e clima de abandono, abrindo espaço para uma corrida desenfreada pela posse, grilagem e ocupação ilegal”, escreveu.
Para Mourão, agora, é o tempo de retomada para a preservação da floresta. O vice, que é presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL), cita, no texto, as ações que estão sendo estudadas para manter a floresta preservada. “Proteger, preservar e desenvolver a região, de forma continuada e sustentável”, pontua.
O vice-presidente também isenta Bolsonaro e culpa os governos anteriores pelo desmatamento da mata.
“Nosso governo não merece mais, inveridicamente, ser rotulado de vilão ambiental por conta de erros cometidos na gestão ambiental do passado, habilmente orquestrados por grupos políticos e econômicos a quem convém manter o Brasil na defensiva, tentando justificar suas ações na região como se fôssemos maus inquilinos da propriedade alheia ou não soubéssemos cuidar do que é nosso”, afirmou.
Em forma de indireta, Mourão faz uma referência ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e ao presidente da França, Emmanuel Macron, que diversas vezes cobraram do governo Bolsonaro ações para preservação da floresta, considerada pulmão do planeta Terra.
“A Amazônia Brasileira não é o jardim zoológico do mundo, é um local habitado que busca encontrar o desenvolvimento sustentável”, pontuou.
De acordo com Mourão, mais de 25 milhões de brasileiros vivem na Amazônia Legal, com baixos índices de desenvolvimento humano.
“Nosso foco não deve ser apenas a repressão aos ilícitos ambientais, ao contrário, devemos intensificar a regularização fundiária, o zoneamento ecológico-econômico e a agregação de valor às produções, melhorando e ampliando as infraestruturas necessárias para proporcionar ganhos de qualidade de vida para aquelas populações locais”, finalizou.
“Nosso foco não deve ser apenas a repressão aos ilícitos ambientais, ao contrário, devemos intensificar a regularização fundiária, o zoneamento ecológico-econômico e a agregação de valor às produções, melhorando e ampliando as infraestruturas necessárias para proporcionar ganhos de qualidade de vida para aquelas populações locais”, finalizou.