Após a suspensão da partida entre Brasil e Argentina pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, neste domingo (4/9), o ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ) cobrou da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a mesma "firmeza" em relação às aglomerações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
“Vamos esperar que a Anvisa tenha a mesma firmeza em relação às regras sanitárias nos eventos promovidos pelo presidente, sem máscara e vacina”, escreveu nas redes sociais.
Vamos esperar que a Anvisa tenha a mesma firmeza em relação às regras sanitárias nos eventos promovidos pelo presidente, sem máscara e vacina.
%u2014 Rodrigo Maia (@RodrigoMaia) September 5, 2021
Neste domingo, a Anvisa interrompeu o jogo Brasil e Argentina para as Eliminatórias da Copa do Mundo por descumprimento dos jogadores argentinos da Portaria Interministerial 655, de 2021.
A decisão foi tomada após quatro jogadores argentinos entrarem em campo, mesmo com a determinação da agência de que teriam de cumprir isolamento no hotel. As medidas fazem parte do protocolo de segurança contra a COVID-19.
De acordo com a Portaria brasileira, viajantes estrangeiros que tenham passagem, nos últimos 14 dias, pelo Reino Unido, África do Sul, Irlanda do Norte e Índia, estão impedidos de ingressar no Brasil.
Briga com Bolsonaro
Ontem, durante a convenção bolsonarista CPAC Brasil, Bolsonaro comentou as acusações de Maia, que afirmou que o chefe do Executivo federal, é gay.
“Essa semana mesmo foi um festival de acusações. O Rodrigo Maia me acusou de ser gay”, disse Bolsonaro. “Se bem que, eu não considero nenhum crime ser gay”, afirmou.
De acordo com Bolsonaro, ele poderia, caso fosse gay, processar Maia por homofobia. “Já reparou? Depois que ele foi trabalhar com o Doria, ele começou a se interessar pela pauta LGBT. Esse gordinho nunca me enganou”, comentou.
Na sexta-feira (03/09), Maia disse acreditar que Bolsonaro seria homossexual, mas que não teria coragem para se assumir. Em entrevista ao podcast Derrete Cast, ele falou que o motivo de Bolsonaro não se sentir à vontade para falar sobre a suposta orientação sexual é devido à formação militar.