Na madrugada desta terça-feira (7/9), defensores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tentaram invadir o acampamento indígena Luta pela vida, em frente à Funarte. Por volta das 3h, cerca de 10 manifestantes pró governo provocaram e mostraram armas aos indígenas que faziam a segurança do local. A repostagem teve acesso ao acampamento e o clima é de tensão.
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O segurança do acampamento Pablo, do povo Puri do Amazonas (AM), disse que a madrugada foi intensa. "Passaram o tempo zoando. Eu acho que vieram testar, ver como a gente está. Vieram ver se aqui tem o 'bando de cachaceiro e vagabundos' como disse o Mourão. Os caras aqui já estavam em ponto de ataque", conta.
O clima é de revolta e insegurança por todas as barracas. "A gente está aqui sem poder fazer nada. Eles passam, nos xingam. Estamos revoltados", disse uma indígena que não quis se identificar.
Adesão ao Grito dos Excluídos
Elizabeth e Arlene ainda destacaram a possibilidade de os indígenas não aderirem à manifestação do Grito dos Excluídos, com concentração marcada na Torre de TV, próximo ao acampamento.
"Estão querendo nos atrelar aos movimentos políticos. Nós não estamos aqui para fazer politicagem, estamos aqui para reivindicar um direito nosso", afirmaram as indígenas do povo Aikana Kwaza.
No entanto, segundo Giovani Krenak, as definições ainda serão feitas. "Hoje teremos reuniões para definir se vamos participar . Porém, quem quiser ir, não será impedido", afirma um dos líderes do povo do interior de Minas.
A princípio, os povos não irão aderir aos movimentos desta terça.