O presidente Jair Bolsonaro citou nominalmente pela primeira vez, neste 7 de setembro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Em discurso cheio de ataques ao magistrado, o chefe do Executivo afirmou que Moraes ainda tem “tempo para se redimir”.
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Na política:
De acordo com o presidente, o ministro do STF desrespeita a Constituição. “Respeitamos a lei e a nossa Constituição. Não vamos mais admitir que pessoas como Alexandre de Moraes continuem a açoitar a nossa democracia e a desrespeitar a nossa Constituição”, afirmou.
Na Paulista, Bolsonaro volta a atacar Moraes: 'Açoita a nossa democracia'
De acordo com o presidente, o ministro do STF desrespeita a Constituição. “Respeitamos a lei e a nossa Constituição. Não vamos mais admitir que pessoas como Alexandre de Moraes continuem a açoitar a nossa democracia e a desrespeitar a nossa Constituição”, afirmou.
Em seguida, apoiadores do presidente começaram um coro aos gritos de: “Supremo é o povo”.
Mais cedo, Bolsonaro já havia feito críticas a Moraes. Na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, o presidente subiu em um carro de som e falou com apoiadores. “Respeitamos a lei e a nossa Constituição. Não vamos mais admitir que pessoas como Alexandre de Moraes continuem a açoitar a nossa democracia e a desrespeitar a nossa Constituição.”
“Não queremos ruptura. Não queremos brigar com poder nenhum. Mas não podemos admitir que uma pessoa curve a nossa democracia. Não podemos admitir que uma pessoa coloque em risco a nossa liberdade”, afirmou.
As manifestações deste 7 de Setembro foram inflamadas pelo presidente. Nos últimos meses, ele vem falando para apoiadores que ganhou as eleições presidenciais de 2018 em primeiro turno.
Para o presidente, as eleições foram fraudadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As declarações ampliaram as tensões entre Bolsonaro e o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, também ministro do STF.
Barroso defende que as eleições são justas e que as declarações do presidente não passam de fake news.
Após xingamentos do presidente direcionados a Barroso, ao TSE e também ao STF, o ministro Alexandre de Moraes incluiu Bolsonaro no inquérito das fake news.
A ação implodiu uma verdadeira “guerra” contra o Supremo. Agora, apoiadores do presidente protestam contra a Corte, a favor do voto impresso e auditável, o impeachment de Barroso e Moraes, e caso a Corte não seja extinta, a implantação de um regime militar.