Jornal Estado de Minas

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Flávio Bolsonaro: 'Só fala em impeachment quem não ouve a voz das ruas'

O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), filho ‘01’ do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), usou as redes sociais nesta quarta-feira (8/9) para alfinetar os apoiadores do impeachment de seu pai. O movimento da oposição voltou a ganhar força após os atos de 7 de setembro, onde o chefe do Executivo intensificou os ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ameaçou não cumprir decisões do ministro Alexandre de Moraes em discurso a seus apoiadores.





“Só fala em impeachment quem não está ouvindo a voz das ruas!”, escreveu Flávio, junto a um vídeo das manifestações em apoio ao presidente, ocorridas ontem.
 
 

Para os opositores de Bolsonaro, ele comete crime de responsabilidade ao atacar o Judiciário, quando a Constituição estabelece justamente o contrário, que os Poderes devem atuar com independência e harmonia. Atualmente, o presidente da República acumula 136 pedidos de impeachment na Câmara dos Deputados.

O mesmo método de ataques é utilizado pela maioria dos seus filhos. Durante os atos do Dia da Independência, Flávio compartilhou novas mensagens com ataques ao STF, principalmente a Alexandre de Moraes. 

“Prisão de deputado, jornalista, presidente de partido político, caminhoneiro, desmonetização de canais que emitem suas opiniões democraticamente, ameaças, censuras a veículos de comunicação…quem será a próxima vítima? Qual o limite de Alexandre de Morais?”, questionou o senador em seu perfil no Twitter.





“Quem insiste com a narrativa cretina de “atos antidemocráticos” ou que milhões de brasileiros estão nas ruas hoje apenas por causa de Jair Bolsonaro vive em outra dimensão. Se recusam a perceber a insatisfação da população ante atos antidemocráticos de um único Ministro do STF”, publicou em outra postagem.
 
A possibilidade de abertura de um novo impeachment contra Bolsonaro já tem sido discutida por presidentes de partidos. Nesta quarta-feira (8/9), o PSDB convocou uma reunião com membros do PSD, Solidariedade e MDB para discutir um possível apoio a cassação do mandato do chefe do Executivo. 

* Estagiária sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira

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