O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, responsável por julgar os processos do braço fluminense da Lava Jato, autorizou a liberação de R$ 86 milhões, pagos por delatores da operação, para o governo e a prefeitura do Rio, a União, a Petrobras e a Caixa Econômica. O dinheiro servirá para restituir os valores desviados dos cofres públicos no esquema de corrupção investigado pela força-tarefa.
O pagamento foi negociado no acordo de colaboração premiada fechado pelos empresários Ricardo Pernambuco e Ricardo Pernambuco Júnior, da Carioca Engenharia, com o Ministério Público Federal.
Pelo rateio, o governo do Rio ficará com R$ 41.710.376,01, a prefeitura com R$4.957.911,75, a União com R$ 5.519.347,75, a Petrobrás com R$ 23.079.338,31 e a Caixa com R$ 11.107.795,31.
"Entendo ser razoável e justo que os valores recuperados (que supera cem milhões de reais) sejam destinados aos entes que foram lesados pelas condutas ilícitas praticadas", escreveu Bretas.
Os donos da Carioca Engenharia apontaram propinas milionárias a nomes como o ex-presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (MDB-RJ), ao ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e ao ex-governador fluminense Sérgio Cabral.
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