Após quase um ano e meio com as portas fechadas, as escolas públicas de Minas Gerais retomaram suas atividades no último mês de agosto, mas com uma série de protocolos de segurança contra a COVID-19. Entretanto, após denúncias de irregularidades, deputados foram averiguar o cumprimento das normas sanitárias em escolas de Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Segundo a deputada, os pais ou responsáveis das crianças do município não estão recebendo o suporte necessário para a volta às aulas. E, aqueles que optam por não mandar os filhos à escola, não recebem benefícios como o ‘voucher da merenda’.
“Falta mais suporte para eles, além da falta de confiança natural de deixar os filhos voltarem às aulas. Atualmente, eles não têm mais o transporte escolar da prefeitura. E as famílias que decidirem não retornar com seus filhos para a escola não irão mais receber o voucher da merenda”, explica a deputada. “Essa decisão foi tomada sem uma justificativa prévia da Secretaria Municipal de Educação”, lamenta.
Segundo a parlamentar, são poucos os alunos que retornaram com regularidade. “Queremos analisar como está o funcionamento de cada escola, se precisam contratar mais pessoal, principalmente auxiliar de serviços gerais”, comenta.
Na denúncia, a deputada reitera o excesso de trabalho dos professores, que retornaram às aulas presenciais mas seguem fazendo o plano da aula on-line.
Qual o objetivo da visita às escolas?
Segundo os parlamentares, o objetivo da visita de ontem, além de conversar com os trabalhadores, foi ver de perto a realidade das salas de aula. Foram verificados o tamanho dos espaços, a quantidade de alunos por sala e por escola e a rotina de higienização.
Duas escolas municipais foram visitadas pelas deputadas Andréia de Jesus e Beatriz Cerqueira (PT), além da assessoria da ALMG. A agenda também foi realizada em conjunto com a Comissão de Direitos Humanos e a Rede Educação. Foram escolhidas para a primeira visita as escolas municipais Professora Maria José Gatti Carlos e Analito Pinto Monteiro.
Como Ribeirão das Neves possui algumas escolas em casas adaptadas, Andréia destaca que a estrutura não é ideal para crianças, especialmente em um momento de pandemia. “O espaço é pequeno, o que dificulta o cumprimento dos protocolos sanitários contra a COVID-19”, alerta.
Na solicitação da visita, a deputada acrescentou que falta um profissional para acompanhar as crianças no intervalo e evitar aglomerações nas idas ao banheiro e na saída da escola. “As crianças não compreendem a gravidade do momento pandêmico e o quadro de funcionários pode não ser suficiente para conseguir executar todos os protocolos necessários”, finaliza.
A reportagem entrou em contato com a deputada Beatriz Cerqueira, presidente da Comissão, sobre os próximos andamentos da pauta. A matéria será atualizada assim que houver uma resposta.
* Estagiária sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira
* Estagiária sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira