O advogado Marcos Tolentino ficou em silêncio na maior parte das perguntas feitas pelo relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), alegando prerrogativa profissional, Tolentino não quis falar sobre a atuação dele em empresas investigadas pela CPI e ligadas ao líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), o que reforçou as suspeitas dos senadores.
Na fala inicial, Tolentino confirmou ter relações profissionais com Ricardo Benetti, acionista do FIB Bank, empresa usada como fiadora no contrato da Covaxin. O advogado, no entanto, negou ser o sócio oculto do FIB Bank, como acusado pelos senadores. Sobre Ricardo Barros, o depoente o classificou como um "conhecido há muitos ano, mantenho com ele vínculo de respeito e amizade, nada mais do que isso."
A CPI identificou atuação de Tolentino em cartas de fiança à União em contratos que somam aproximadamente R$ 600 milhões . "Isso demonstra um conluio nunca visto na história da República", afirmou Renan Calheiros. "O Ricardo Barros está presente em todas as negociatas e sempre muito próximo do depoente,"
Marcos Tolentino admitiu que tem como ativos precatórios judiciais da União. O depoimento chamou atenção em função de o líder do governo na Câmara defender desde setembro do ano passado o parcelamento de precatórios para abrir espaço a um programa social do líder do governo.
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) apontou a seguinte relação suspeita: parcelar precatórios faz com que escritórios de advocacia como o de Tolentino paguem valores menores à vista para os beneficiados e fiquem com o direito de receber as dívidas da União em quantias maiores no futuro.
"É um interesse que, me parece, nesse caso conjugam", disse o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), ao falar sobre o interesse de Tolentino nos precatórios e atuação do líder do governo na Câmara.
A CPI avalia encaminhar o indiciamento de Ricardo Barros ao Ministério Público Federal. O deputado nega ter atuado em contratos suspeitos no Ministério da Saúde e agido para facilitar a compra da Covaxin, investigada pela comissão.
O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), ironizou as citações a Ricardo Barros e afirmou que o presidente Jair Bolsonaro chamará o ex-presidente Michel Temer para assinar uma carta e pedir desculpas por ter nomeado o deputado na liderança.
"Intocável perante o presidente Bolsonaro, intocável perante os apoiadores, porque permanece. Mesmo que a gente mostre aqui, desnude o líder na Câmara do presidente Bolsonaro, isso não vai mudar nada não, vai continuar lá", disse Aziz.
Na fala inicial, Tolentino confirmou ter relações profissionais com Ricardo Benetti, acionista do FIB Bank, empresa usada como fiadora no contrato da Covaxin. O advogado, no entanto, negou ser o sócio oculto do FIB Bank, como acusado pelos senadores. Sobre Ricardo Barros, o depoente o classificou como um "conhecido há muitos ano, mantenho com ele vínculo de respeito e amizade, nada mais do que isso."
A CPI identificou atuação de Tolentino em cartas de fiança à União em contratos que somam aproximadamente R$ 600 milhões . "Isso demonstra um conluio nunca visto na história da República", afirmou Renan Calheiros. "O Ricardo Barros está presente em todas as negociatas e sempre muito próximo do depoente,"
Marcos Tolentino admitiu que tem como ativos precatórios judiciais da União. O depoimento chamou atenção em função de o líder do governo na Câmara defender desde setembro do ano passado o parcelamento de precatórios para abrir espaço a um programa social do líder do governo.
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) apontou a seguinte relação suspeita: parcelar precatórios faz com que escritórios de advocacia como o de Tolentino paguem valores menores à vista para os beneficiados e fiquem com o direito de receber as dívidas da União em quantias maiores no futuro.
"É um interesse que, me parece, nesse caso conjugam", disse o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), ao falar sobre o interesse de Tolentino nos precatórios e atuação do líder do governo na Câmara.
A CPI avalia encaminhar o indiciamento de Ricardo Barros ao Ministério Público Federal. O deputado nega ter atuado em contratos suspeitos no Ministério da Saúde e agido para facilitar a compra da Covaxin, investigada pela comissão.
O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), ironizou as citações a Ricardo Barros e afirmou que o presidente Jair Bolsonaro chamará o ex-presidente Michel Temer para assinar uma carta e pedir desculpas por ter nomeado o deputado na liderança.
"Intocável perante o presidente Bolsonaro, intocável perante os apoiadores, porque permanece. Mesmo que a gente mostre aqui, desnude o líder na Câmara do presidente Bolsonaro, isso não vai mudar nada não, vai continuar lá", disse Aziz.