(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas 'PEDIDO DE DESCULPAS'

Aziz ironiza Bolsonaro: 'Talvez escreva uma carta sobre Ricardo Barros'

De acordo com o presidente da CPI da COVID, Bolsonaro deve se desculpar por manter Barros como líder do governo na Câmara


14/09/2021 14:39 - atualizado 14/09/2021 15:07

Senador Omar Aziz (PSD-AM)
Senador Omar Aziz (PSD-AM) (foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
Durante o depoimento de Marcos Tolentino, sócio-oculto do Fib Bank, o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID, senador Omar Aziz (PSD-AM), ironizou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao falar do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).
 
 
A fala foi feita após o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), apontar que Barros está ligado com todos os contratos superfaturados de vacinas envolvendo o Ministério da Saúde. “Ele é um ótimo negociador”, ironizou Randolfe. “Está em todas”, respondeu o relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL).

“Eu vou pedir para vocês para não citarem mais o deputado Ricardo Barros porque ele está presente, está presente em todos os cantos do governo. Ele é intocável perante o presidente Bolsonaro e intocável perante aos apoiadores do governo. Porque ele permanece. Mesmo que a gente mostre aqui o que ele fez, não muda nada…. talvez o presidente escreva uma nota pedindo desculpas por manter ele até hoje”, responde Aziz.
 
 

Após os atos do dia 7 de setembro, onde Bolsonaro atacou o Supremo Tribunal Federal (STF) e o ministro Alexandre de Moraes, o presidente publicou uma carta apaziguando a crise provocada por ele, entre os poderes. A ação foi vista como um recuo do presidente.

Até o momento,  Tolentino ficou em silêncio na maior parte das perguntas feitas pelo relator da CPI daCOVID, Renan Calheiros (MDB-AL), alegando prerrogativa profissional. 

 

O dia da CPI

 
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID tenta, mais uma vez, ouvir o depoimento do advogado e empresário Marcos Tolentino da Silva, nesta terça-feira (14/9), suspeito de ser ‘sócio oculto’ da empresa FIB Bank. Na sessão anterior, ocorrida em 1º de setembro, ele apresentou um atestado médico e alegou que estava internado no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

Senadores buscam investigar o envolvimento de Marcos Tolentino, dono da Rede Brasil de Televisão, na garantia irregular no fechamento do contrato da vacina indiana Covaxin, fornecido pela FIB Bank. 

Segundo requerimento de convocação feito pelo vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), essa garantia oferecida no contrato de R$ 1,61 bilhão é do tipo fidejussória, o que não estava previsto no documento assinado entre a Precisa, o Ministério da Saúde e o laboratório Bharat Biotech. 
 
Ainda segundo parlamentares, ele seria ligado ao  deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo  Jair Bolsonaro (sem partido) na Câmara, apontado por parlamentares como articulador de negociações de vacinas contra COVID-19 sob suspeita de irregularidades. 

Tolentino obteve no Supremo Tribunal Federal (STF) decisão da ministra Cármen Lúcia que permite a ele se recusar a responder a perguntas que eventualmente possam incriminá-lo. No entanto, o juiz Codevila apontou que sua decisão de intimação do advogado em nada interfere no habeas corpus concedido. 
  

O que é uma CPI?

As comissões parlamentares de inquérito (CPIs) são instrumentos usados por integrantes do Poder Legislativo (vereadores, deputados estaduais, deputados federais e senadores) para investigar fato determinado de grande relevância ligado à vida econômica, social ou legal do país, de um estado ou de um município. Embora tenham poderes de Justiça e uma série de prerrogativas, comitês do tipo não podem estabelecer condenações a pessoas.

Leia também:  Entenda como funciona uma CPI


O que a CPI da COVID investiga?


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)