Jornal Estado de Minas

CPI DA COVID

'Bolo do Heinze vai ter cobertura de cloroquina', brinca Jorginho Mello

Ao desejar parabéns para o colega governista Luis Carlos Heinze (PP-RS), o senador Jorginho Mello (PL-SC) afirmou que o senador merecia um bolo com cobertura de glacê de cloroquina. A declaração foi feita durante reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito, nesta terça-feira (14/9). Heinze completa 71 anos hoje. 




 
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“Quero comprimentar o Heinze, que vai ter bolo depois da CPI. A cobertura é de cloroquina. O glacê é de cloroquina”, brincou.
 
 

Heinze é defensor do 'tratamento precoce' contra a COVID-19. A ação não tem comprovação científica. Para tentar justificar suas falas, ele cita diversos "dados" e "estudos científicos" para sustentar sua defesa pelos medicamentos.

Em quase todas as sessões da CPI da COVID no Senado, quando Luis Carlos Heinze tem a palavra, ele cita termos como Didier Raoult (chamado nas redes de DJ Raul), o município de Rancho Queimado, Big Pharma, entre outros. 




 

O dia da CPI

 
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID tenta, mais uma vez, ouvir o depoimento do advogado e empresário Marcos Tolentino da Silva, nesta terça-feira (14/9), suspeito de ser ‘sócio oculto’ da empresa FIB Bank. Na sessão anterior, ocorrida em 1º de setembro, ele apresentou um atestado médico e alegou que estava internado no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

Senadores buscam investigar o envolvimento de Marcos Tolentino, dono da Rede Brasil de Televisão, na garantia irregular no fechamento do contrato da vacina indiana Covaxin, fornecido pela FIB Bank. 

Segundo requerimento de convocação feito pelo vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), essa garantia oferecida no contrato de R$ 1,61 bilhão é do tipo fidejussória, o que não estava previsto no documento assinado entre a Precisa, o Ministério da Saúde e o laboratório Bharat Biotech. 
 
Ainda segundo parlamentares, ele seria ligado ao deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo Jair Bolsonaro (sem partido) na Câmara, apontado por parlamentares como articulador de negociações de vacinas contra COVID-19 sob suspeita de irregularidades. 





Tolentino obteve no Supremo Tribunal Federal (STF) decisão da ministra Cármen Lúcia que permite a ele se recusar a responder a perguntas que eventualmente possam incriminá-lo. No entanto, o juiz Codevila apontou que sua decisão de intimação do advogado em nada interfere no habeas corpus concedido. 

O que é uma CPI?

As comissões parlamentares de inquérito (CPIs) são instrumentos usados por integrantes do Poder Legislativo (vereadores, deputados estaduais, deputados federais e senadores) para investigar fato determinado de grande relevância ligado à vida econômica, social ou legal do país, de um estado ou de um município. Embora tenham poderes de Justiça e uma série de prerrogativas, comitês do tipo não podem estabelecer condenações a pessoas.

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O que a CPI da COVID investiga?

Instalada pelo Senado Federal em 27 de abril de 2021, após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), a CPI da COVID trabalha para apurar possíveis falhas e omissões na atuação do governo federal no combate à pandemia do novo coronavírus. O repasse de recursos a estados e municípios também foi incluído na CPI e está na mira dos parlamentares.
 




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