A transmissão semanal ao vivo que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) promove foi interrompida nesta quinta-feira (16/9). No momento em que o sinal saiu do ar, Bolsonaro falava sobre o uso de remédios sem eficácia comprovada contra a COVID-19, como a ivermectina.
O caso, porém, não parece estar relacionado com alguma violação de políticas internas dos sites, já que a transmissão caiu simultaneamente em todas as redes sociais que o presidente usava para transmitir.
O presidente abordou o assunto em duas oportunidades durante a transmissão desta quinta. Na última, ele dizia que tomou "um remédio contra a malária" no ano passado, se referindo à cloroquina. Bolsonaro também disse que "de vez em quando" toma ivermectina com intuito de combater a COVID-19, apesar de a substância, assim como a cloroquina, não ter comprovação científica contra a doença.
Em contato com o Estado de Minas , o YouTube confirmou que não interrompeu a transmissão da live do presidente, e que o vídeo segue disponível até o momento, sem ter sido removido da plataforma.
O caso, porém, não parece estar relacionado com alguma violação de políticas internas dos sites, já que a transmissão caiu simultaneamente em todas as redes sociais que o presidente usava para transmitir.
"É crime falar em tratamento inicial no Brasil. Ano passado me senti mal e tomei um negócio aí para a malária e me curei no dia seguinte. Eu, talvez, tenha sido reinfectado nos últimos dias, semanas, de vez em quando tomo ivermectina e tomo com esse...", dizia Bolsonaro, quando a transmissão saiu do ar.
A live semanal de Bolsonaro costuma ser realizada todas às quintas, de 19h às 20h. Desta vez, a transmissão durou 48 minutos.
Resposta
Em contato com o Estado de Minas , o YouTube confirmou que não interrompeu a transmissão da live do presidente, e que o vídeo segue disponível até o momento, sem ter sido removido da plataforma.
Em julho, o YouTube removeu vídeos, incluindo as tradicionais "lives" do presidente por violar políticas de informações sobre a COVID-19, justamente por mencionar hidroxicloroquina e ivermectina contra a doença. A plataforma entendeu que a abordagem de Bolsonaro pode apresentar "sérios riscos de danos significativos".