Nesta quinta-feira (16/9), a "GloboNews" denunciou que a empresa Prevent Senior ocultou sete mortes de um estudo sobre cloroquina como medicamento contra a COVID-19. No entanto, no começo da pandemia, Luiz Henrique Mandetta, ainda ministro da Saúde, já havia feito um alerta à operadora, dizendo que um dos hospitais da rede era considerado "ambiente de transmissão". Como resposta, o CEO da Prevent pediu para que Mandetta os deixasse trabalhar.
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Mandetta sobre denúncia da Prevent Senior: 'Não me espanta'Bolsonaro sobre sua atuação na pandemia: 'Não errei nenhuma'Investigada na CPI, Prevent Senior ocultou mortes em estudo com cloroquinaMandetta para Zé de Abreu: 'Vai ter que pedir desculpas de novo'André Mendonça: Bolsonaro procura sugestões de plano B para vaga no STF"CRM tem que aplicar penalidade severa", diz Mandetta sobre PreventAlexandre suspende portaria de Bolsonaro que dificulta rastreio de armasA empresa disse, na ocasião, que três hospitais da rede atendiam casos de COVID-19 e que em dois ocorreram mortes. Em entrevista à "Exame", o CEO da Prevent Senior, Fernando Parrillo, disse, na época, que estavam seguindo todos os protocolos da Organização Mundial da Saúde (OMS) e que a mortalidade estava abaixo da taxa média divulgada pela entidade.
Na época, Mandetta questionou o fato de a Prevent Senior focar seu modelo de negócio nos idosos e que a operadora deixou de lado os riscos que poderia correr. Como resposta, o CEO da empresa pediu ao então ministro da Saúde que deixasse a rede trabalhar.
"Risco mais alto a gente corre desde que abrimos. Tratamos das pessoas mais debilitadas há 23 anos e provamos que nosso modelo funciona. Não faz sentido discutirmos um modelo de negócio agora. O que queremos é apenas que nos deixem trabalhar", afirmou Parrillo.