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Estado de Minas EM 2020

CEO da Prevent Senior após críticas de Mandetta: 'Nos deixem trabalhar'

Fato aconteceu em 2020, no início da pandemia, quando o ministro da Saúde da época alertou para um 'ambiente de transmissão' em um hospital da operadora


16/09/2021 23:04 - atualizado 16/09/2021 23:21

Mandetta havia classificado um dos hospitais da Prevent Senior como 'ambiente de transmissão' de COVID-19
Mandetta havia classificado um dos hospitais da Prevent Senior como 'ambiente de transmissão' de COVID-19 (foto: Nelson Almeida/AFP)
Nesta quinta-feira (16/9), a "GloboNews" denunciou que a empresa Prevent Senior ocultou sete mortes de um estudo sobre cloroquina como medicamento contra a COVID-19. No entanto, no começo da pandemia, Luiz Henrique Mandetta, ainda ministro da Saúde, já havia feito um alerta à operadora, dizendo que um dos hospitais da rede era considerado "ambiente de transmissão". Como resposta, o CEO da Prevent pediu para que Mandetta os deixasse trabalhar.

O fato aconteceu em abril de 2020. Naquela época, Mandetta criticou a atitude da Prevent Senior por concentrar idosos doentes em um único hospital. Das 136 mortes ocorridas por COVID-19 no estado de São Paulo naquela época, 79 foram em hospitais da operadora.

A empresa disse, na ocasião, que três hospitais da rede atendiam casos de COVID-19 e que em dois ocorreram mortes. Em entrevista à "Exame", o CEO da Prevent Senior, Fernando Parrillo, disse, na época, que estavam seguindo todos os protocolos da Organização Mundial da Saúde (OMS) e que a mortalidade estava abaixo da taxa média divulgada pela entidade.

Na época, Mandetta questionou o fato de a Prevent Senior focar seu modelo de negócio nos idosos e que a operadora deixou de lado os riscos que poderia correr. Como resposta, o CEO da empresa pediu ao então ministro da Saúde que deixasse a rede trabalhar.

"Risco mais alto a gente corre desde que abrimos. Tratamos das pessoas mais debilitadas há 23 anos e provamos que nosso modelo funciona. Não faz sentido discutirmos um modelo de negócio agora. O que queremos é apenas que nos deixem trabalhar", afirmou Parrillo.


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