(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas DATAFOLHA

Para 66% dos brasileiros, manifestações bolsonaristas ameaçam democracia

O dado é do Instituto Datafolha, que ouviu 3.667 pessoas em todo país entre segunda e quarta-feira (13 e 15/9)


18/09/2021 19:40 - atualizado 18/09/2021 19:47

Manifestantes pró-Bolsonaro na Esplanada dos Ministérios após atos do 7 de Setembro
Manifestantes pró-Bolsonaro na Esplanada dos Ministérios após atos do 7 de Setembro (foto: Minervino Júnior/CB/D.A. Press)

As manifestações bolsonaristas que pedem o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e do  Congresso são vistas como uma ameaça à democracia para 66% dos brasileiros. O dado é do Instituto Datafolha , que ouviu 3.667 pessoas em todo país entre segunda e quarta-feira (13 e 15/9).

Apenas 31% dos entrevistados afirmaram que os atos nas ruas não representam um risco para as instituições democráticas e 3% disseram não saber opinar sobre o assunto. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

A pesquisa foi divulgada onze dias após as manifestações bolsonaristas do 7 de setembro na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e a Avenida Paulista, em São Paulo, e instalou uma tensão política no país. Na ocasião, o discurso do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, na Avenida Paulista, encorajava os manifestantes a não aceitarem a repressão da liberdade de expressão por alguns "ministros" - em referência a Alexandre de Moraes, do STF, e Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O discurso provocou uma mobilização de caminhoneiros que paralisaram o transporte de cargas em vários pontos do país. Para conter a mobilização, Bolsonaro recuou e divulgou uma nota oficial em que apontava as falas do feriado como ditas "no calor do momento" e que respeitava e apoiava a "harmonia entre os Poderes".

Redes sociais também provocam riscos e fake news são problemas, diz maioria


Os atos não precisam ser presenciais para preocupar a maioria dos entrevistados. Posts com palavras de ordem contra magistrados e parlamentares nas redes sociais representam risco à democracia para 65% dos entrevistados.
Outro ponto de reprovação e alerta para os brasileiros é a divulgação de notícias falsas envolvendo políticos e ministros do STF: 77% das pessoas ouvidas afirmam que o ato é uma ameaça declarada à democracia, enquanto 19% acreditam que não.

Graves momentos de crise política influenciam corrida eleitoral


O ex-presidente Lula tem o apoio dos mais pobres, de até 34 pontos acima de Bolsonaro; dos menos escolarizados (31 pontos); dos jovens (29 pontos) e das mulheres (25 pontos). Bolsonaro, por sua vez, mostra que é preferido pelos mais ricos, em uma vantagem de 42% a 23% de Lula. Apesar da crescente rejeição de evangélicos, Bolsonaro ainda é preferido pelo grupo, com 36% dos votos.

Para conseguir a vitória, uma estratégia é conversar com os extremos que os rejeitam. Lula já afirmou, nas redes sociais, que o objetivo dele é conversar com todos os núcleos da sociedade, inclusive com os mais ricos e evangélicos. Enquanto isso, o atual presidente busca agradar os apoiadores de Lula. A nova estratégia bolsonarista é aumentar o valor do Bolsa Família, em uma nova edição do programa que foi criado por Lula em 2004, e que ainda está em discussão. Nesta quinta-feira (16/9), o presidente editou decreto que aumenta o Imposto sobre operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF) para financiar uma ampliação do Auxílio Brasil (nova nomenclatura para o Bolsa Família), até o fim do ano. Com maior lucro, o auxílio poderá aceitar mais beneficiários.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)