No que depender de Jair Bolsonaro (sem partido) e de Lula (PT), o clima de polarização política vai continuar a ferver dentro da população brasileira. O sentimento de revanchismo, rejeição e idolatria aos dois maiores nomes políticos do país dão o tom da eleição de um país ávido por melhorias no emprego, na renda e na economia de maneira geral.
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Datafolha: Lula venceria Bolsonaro no 2º turno, se eleição fosse hojeNo Rio, carro prega 'nem Lula nem Bolsonaro' em meio a camisas do petistaCarlos Bolsonaro: 'Onde está a terceira via? Os apoiadores de Lula?'Com Lula como favorito para derrotar Bolsonaro, o PT de fato quer o impeachment?A desagregação do centro dificulta a terceira via para eleição de 2022Lula 'procura emprego' no LinkedIn, de olho nas eleições de 2022Governo orienta ministérios a omitir informações em pedidos da LAIDentro de partidos e movimentos políticos, desde setores da direita, passando pela centro-direita até a esquerda, a articulação para uma terceira via já começa a movimentar os bastidores. O objetivo é atingir um contingente de eleitores que se encontram ilhados, à procura de uma opção que não seja Bolsonaro e a extrema-direita e nem o Lula e o PT.
Por mais que os dados apontem essa intenção de parte dos brasileiros de votar em outro candidato, números esses corroborados pelo recorde de abstenções nas eleições de 2018 (42,1 milhões de brasileiros votaram nulo, branco ou não compareceram ao local de votação), a impressão de momento é de que a terceira via não vai decolar
No entanto, especialistas e políticos de fora das duas bolhas entendem que ainda é cedo para tal confirmação. Para o cientista político André Rosa, a alternativa ainda não foi construída, pois um nome só será escolhido pela população quando ele for de fato apresentado.
“O eleitor ainda não conhece essa terceira via. Um candidato não é escolhido pela população, ele é trabalhado internamente e apresentado à população como alguém presidenciável”, explica o especialista em psicologia política.
No entanto, especialistas e políticos de fora das duas bolhas entendem que ainda é cedo para tal confirmação. Para o cientista político André Rosa, a alternativa ainda não foi construída, pois um nome só será escolhido pela população quando ele for de fato apresentado.
“O eleitor ainda não conhece essa terceira via. Um candidato não é escolhido pela população, ele é trabalhado internamente e apresentado à população como alguém presidenciável”, explica o especialista em psicologia política.
Dentro desse contexto, o professor e mestre em ciência política Valdir Pucci entende que não haverá apenas uma candidatura de terceira via. “É muito difícil você ter um único nome. Há muitos espectros ideológicos e interesses divergentes dentro desse processo, desde a centro-direita até a esquerda. Então, acho que não teremos uma terceira via única”, afirma. Caso as legendas priorizem seus interesses parlamentares, o melhor caminho para um segundo turno diferente de Lula versus Jair Bolsonaro em 2022 é um deles ficar inelegível.
Para representantes da terceira via, o impeachment do presidente da República pode se tornar o principal foco para evitar um enfrentamento entre extremos. Além de uma abertura de impeachment no Congresso, outra forma de inelegibilidade que pode ser imposta a Bolsonaro é via Tribunal Superior Eleitoral (TSE).